quarta-feira, 18 de abril de 2012

155 anos do Livro dos Espíritos


18 de abril de 1857. Era publicada em Paris a primeira edição da obra-prima de Allan Kardec: O Livro dos Espíritos. Obra basilar da Doutrina Espírita, contém seus princípios básicos. Esclarece acerca da imortalidade da alma, da natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da Humanidade. Apresenta ao homem condições para esclarecimentos sobre suas inquietações: o que sou, de onde vim, para onde vou, qual a razão da dor e do sofrimento, qual o sentido da minha existência. O Livro dos Espíritos foi organizado em sua primeira edição, com 501 perguntas e respostas. Em 18 de março de 1860, foi publicada a segunda edição, definitiva, revisada e ampliada, com 1.019 perguntas e respostas, insuperáveis e sempre atuais.

Mesmo à época de seu lançamento, o livro, ditado e inspirado por espíritos de elevada situação sob a coordenação de Kardec, apresentava ideias revolucionárias como igualdade de direitos da mulher e igualdade de direitos do homem em geral, independente de sua posição social, inspirando no Brasil, as causas abolicionistas.

Este é um bom momento para voltar a ler ou, se não leu, começar a leitura deste grandioso, importante e fundamental livro, marco não só do Espiritismo, mas da humanidade.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Mente e Cérebro: A ciência do Autocontrole


04 de abril de 2012

Revista Mente e Cérebro

Sem dominar nossos impulsos não poderíamos conviver de forma civilizada. Segundo neurocientistas, a capacidade de autocontrole social pode ser compreendida por meio de marcas neurobiológicas

Quem nunca teve muita vontade de dizer poucas e boas ao chefe, a um amigo ou parente mas na hora h usou toda a energia para evitar fazer isso? Ou então cedeu ao ímpeto e perdeu algo importante – talvez um relacionamento ou o emprego? Agora, imagine se você sempre fizesse tudo que passasse pela cabeça. Talvez a possibilidade seja tentadora, mas provavelmente você já teria tido problemas profissionais, dificilmente manteria um relacionamento afetivo estável ou amizades e com certeza se envolveria muitas vezes em brigas de todo tipo – o que seria um risco até para sua integridade física. Afinal, não por acaso a capacidade de autocontrole em situações sociais é essencial para um convívio razoavelmente harmônico.

O fato é que quase sempre precisamos refrear nossos impulsos para que, por exemplo, um pequeno desentendimento entre colegas ou na família não se torne algo enorme, que cause ruptura permanente. Da mesma forma, também deveríamos resistir a certas tentações se um relacionamento estável for importante. E quem sempre diz o que pensa não raro coloca pedras no próprio caminho – por exemplo, em uma entrevista de emprego.

Em todas essas situações utilizamos o autocontrole para seguir as normas sociais. Mas nem sempre é fácil manter o domínio de nossas reações. E como acontece com a maioria das características humanas, há grandes diferenças individuais no que se refere à capacidade de filtrar comportamentos para não deixar que a exaltação tome conta de nós. Em nossa sociedade, quem tem bom domínio de si mesmo é em geral mais respeitado por outros do que pessoas consideradas imprevisíveis e explosivas – o que certamente traz inúmeras vantagens.

Pessoas com bom autocontrole são, em geral, mais bem-sucedidas no trabalho e mantêm relacionamentos estáveis, como comprovam estudos do psicólogo social Roy Baumeister e de seus colegas da Universidade Estadual da Flórida em Tallahassee, nos Estados Unidos. Ele reconhece que, apesar de a autonomia emocional ser tão importante para o convívio, durante muito tempo seus fundamentos neurobiológicos foram ignorados. Hoje, os pesquisadores que se dedicam a esse estudo investigam principalmente duas questões: 1. Os processos cerebrais responsáveis por nossa capacidade de autocontrole social; 2. As características neurobiológicas que possam esclarecer as diferenças individuais relacionadas a essa capacidade.

Alguma vez um bom amigo traiu sua confiança? É provável que você tenha exposto a ele claramente sua opinião ou talvez tenha até terminado a amizade. Ou você se irritou ultimamente com uma multa por ter dirigido rápido demais na estrada? De fato, quando desrespeitamos regras, podemos ser punidos pelas pessoas à nossa volta ou por instituições públicas. Por esse motivo, quase sempre respeitamos as normas e controlamos impulsos egoístas para evitar as sanções.

Sabendo disso, neurocientistas aproveitam o fato de as reações serem mais fortes quando somos ameaçados com punição por desrespeito ao que está estabelecido ou em situações nas quais somos observados por outras pessoas e reproduzem essas condições nos experimentos. Uma equipe de pesquisadores coordenada pelo cientista econômico Ernst Fehr, da Universidade de Zurique, e pelo psiquiatra Manfred Spitzer, da Universidade de Ulm, estudou recentemente o que acontece no cérebro nessas ocasiões. Eles compararam o comportamento e a atividade cerebral de adultos saudáveis em duas situações: na primeira, o participante recebia 1 euro por rodada e deveria decidir a cada vez que porcentagem queria ceder para outro participante. No Segundo cenário a pessoa devia tomar a mesma decisão, sabendo, porém, que o recebedor poderia considerar a oferta injusta e punir com pontos negativos aquele que a propunha.

Conforme esperado, os voluntários se mostraram muito mais generosos diante da possibilidade de punição. Enquanto no primeiro caso quase ninguém optou por doar mais de 20 centavos, a maioria dos participantes do outro grupo dividiu pela metade a quantia que lhe coube.

Como revelou a tomografia por ressonância magnética funcional (TRMf), as áreas pré-frontais foram mais intensamente ativadas quando havia a possibilidade de castigo. Quanto mais divergente o comportamento do participante sob as duas condições, maior se mostrava a diferença no cérebro. Aqueles que responderam mais intensamente à punição por uma oferta muito sovina, cedendo muito mais dinheiro, apresentaram intensa ativação do lobo frontal.

Os pesquisadores acreditam que isso ocorre porque os participantes precisam exercer maior controle sobre seus impulsos egoístas para ceder uma quantia mais elevada do que gostariam. O córtex pré-frontal desempenha aqui um papel claramente importante.

O resultado é também interessante se considerarmos estudos que mostraram uma ativação reduzida de áreas pré-frontais em criminosos psicopatas. Sua pouca capacidade de controlar o próprio comportamento apesar da ameaça de sanções pode estar associada a déficits nessas áreas.


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Carlos Baccelli na SEEB

Neste último sábado, dia 14 de abril, Carlos Baccelli presenteou a Sociedade de Educação Espírita da Bahia com uma palestra muito esclarecedora acerca da Mediunidade. Sua presença faz parte da série "Encontros" onde a SEEB convida personalidades do Espiritismo para um encontro em nossa humilde casa, que objetiva exatamente isso – uma proximidade com ideias e pensamentos de pessoas, tão diversas e ao mesmo tempo parecidas conosco. Já participaram do "Encontros" Wanderley Oliveira, Francisco do Espírito Santo Neto, Djalma Argollo e Manoel Messias.


domingo, 8 de abril de 2012

O Sermão da Montanha




Época de Páscoa,  é bom nos lembrarmos não da sua morte crucificado, mas do maior discurso jamais pronunciado em toda a Terra em qualquer tempo.


Fonte: Evangelho de Mateus
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E JESUS, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos; E, abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo:

Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;
Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;
Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;
Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;
Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;
Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus;
Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande a vossa recompensa nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.

Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, como há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.

Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; Nem se acende a vela e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.

Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim destruí-la, mas cumpri-la. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido. Qualquer pois que violar um destes mais pequenos mandamentos, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no Reino dos Céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no Reino dos Céus. Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos Céus.

Ouvistes que foi dito aos antigos: 
Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo. 
Eu, porém, vos digo que qualquer um que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e qualquer um que disser a seu irmão: "imbecil", será réu do sinédrio; e qualquer um que lhe disser: "louco", será réu do fogo do inferno. Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem e apresenta a tua oferta. Concilia-te depressa com o teu adversário enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem numa prisão. Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último centavo.

Ouvistes que foi dito aos antigos: 
Não cometerás adultério. 
Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela. Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti, pois é melhor que se perca um dos teus membros, do que seja todo o teu corpo lançado ao inferno. E, se a tua mão direita te escandalizar, corta-a e atira-a para longe de ti, porque é melhor que um dos teus membros se perca do que seja todo o teu corpo lançado ao inferno.


Outrossim, ouvistes que foi dito aos antigos: 
Não perjurarás, mas cumprirás teus juramentos ao Senhor. 
Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis: nem pelo céu, porque é o trono de Deus; 
Nem pela terra, porque é o apoio de seus pés; 
nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei; 
Nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto. 
Seja, porém, o vosso sim, sim; e o vosso não, não. Porque o que passa disto é de procedência do mal.

Ouvistes que foi dito: 
Olho por olho, e dente por dente. 
Eu, porém, vos digo, que não resistais ao mal; mas se qualquer um te bater na face direita, oferece-lhe também a esquerda; E ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também o manto; E, se qualquer te obrigar a caminhar um quilômetro, vai com ele dois. Dá a quem te pedir, e não te desvies daquele que te pede emprestado.

Ouvistes que foi dito: 
Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. 
Eu, porém vos digo: Amai a vossos inimigos, bem-dizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; Para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos. Pois, se amardes os que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudares unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também assim? Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.

GUARDAI-VOS de dar a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles: aliás, não tereis recompensa junto a vosso Pai, que está nos céus. Quando pois deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam toda a sua recompensa. Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita; Que a tua esmola seja dada ocultamente: teu Pai, que a tudo vê, te recompensará publicamente.

E, quando orares, não sejas como os hipócritas, pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas e às esquinas das ruas para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam toda a sua recompensa. Mas tu, quando orares, entra no teu aposento, e, fechando a tua porta, ora a teu Pai em segredo; e teu Pai que a tudo vê, te recompensará. E orando, não useis de vãs repetições como os gentios que pensam que por muito falarem serão ouvidos. Não vos assemelheis a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário antes de vós lho pedirdes.
Portanto, vós orareis assim: 

Pai nosso, que estais nos céus, 
santificado seja o teu nome; 
Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, 
assim na terra como no céu; 
O pão nosso de cada dia nos dai hoje; 
Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos quem nos tem ofendido; 
E não nos deixeis cair em tentação, 
mas livrai-nos do mal.

Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará; Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas.

E, quando jejuardes, não vos mostreis entristecidos como os hipócritas; porque desfiguram os seus rostos para que aos homens pareça que jejuam. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. Porém tu, quando jejuares, perfuma a tua cabeça e lava o teu rosto, para não pareceres aos homens que jejuas, mas a teu Pai, que não vês; e teu Pai, que a tudo vê, te recompensará.

Não ajunteis tesouros na terra onde a traça e a ferrugem a tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.

A luz do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz; Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!

Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há-de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro.

Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento e o corpo mais do que o vestido? Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem colhem, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas? E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um só dia à duração de sua vida? E, quanto ao vestido, porque andais preocupados? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem: não trabalham, nem fiam; E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé? Não andeis pois inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos?  Porque todas estas coisas os gentios é que procuram. De certo, vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas; mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão dadas. Não vos inquieteis pois pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. A cada dia basta o seu mal.

Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão-de medir.
E porque reparas tu no cisco que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o cisco do teu olho; estando uma trave no teu?
Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o cisco do olho do teu irmão.

Não deis aos cães as coisas santas, nem dei aos porcos as vossas pérolas, para que não aconteça que as pisem com os pés, e, voltando-se contra vós, vos despedacem.

Pedi, e vos será dado; buscai, e encontrareis; batei a porta, e a porta vos será aberta. Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca encontra; e, ao que bate, se abre.

E qual de entre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra? E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente? Se, vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhos pedirem? Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas.

Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.

Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.

Nem todo o que me diz: "Senhor, Senhor!" entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: "Senhor, Senhor, não profetizámos nós em teu nome? E em teu nome não expulsámos demónios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas?" E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.


Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia. E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.

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E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina;
Porquanto os ensinava como tendo autoridade; e não como os escribas.