segunda-feira, 16 de maio de 2011

POR QUE OS CASAIS HETERO NÃO QUEREM E OS GAYS QUEREM?

15/05/2011 às 09:10
Dom Aloísio Roque Oppermann scj - Arcebispo de Uberaba, MG.
 domroqueopp@terra.com.br



Nos tempos atuais, sobretudo no meio urbano, moços e moças não fazem muita força para se casar "de papel passado". A multidão dos que apenas "ajuntam os trapos", e vão morar juntos, cresce de ano para ano. Basta percorrer um bairro novo. Parece que os jovens temem assumir compromissos definitivos. O computador que hoje é o último grito, amanhã vai para o aterro sanitário. Os parceiros, convidados para uma "união no Senhor", parecem preferir a provisoriedade. Ademais, as leis civis embaralharam tanto o direito da família, que ninguém mais precisa casar perante a lei. A legislação não favorece a estabilidade familiar. Caso queiram um documento de união civil, basta dirigir-se ao poder público, que o atestado será fornecido em pouco tempo. E logo em seguida, caso o considerarem necessário, podem obter o "divórcio instantâneo", sem problema. 
Por que ainda casar, se a nova geração não sente mais utilidade no reconhecimento público da sociedade? 
E vejam que ainda nem estou falando do casamento religioso.
Agora vejam a luta dos gays.
Querem que suas uniões sejam equiparadas às de uma família tradicional. Querem que existam leis que garantam a herança para o parceiro; que cada qual possa ter acesso ao sistema de saúde; que possam adotar crianças... Eles sabem se mexer. Mas não é este seu objetivo principal. 
Onde querem chegar, é obter o reconhecimento público da sociedade. 
É exatamente o que "homem e mulher", no casamento tradicional, julgam poder dispensar. 
A aprovação pública de casamentos heterossexuais não é apenas útil, mas uma garantia para a estabilidade da família. A legislação civil não se ocupa em facilitar a perenidade da família. 
Sua maior preocupação é criar leis que facilitem qualquer veleidade de separação. 
Agora digo uma coisa. Para quem tem fé cristã, e tem verdadeiro amor ao parceiro, receber a bênção de Deus se torna um imperativo categórico. Isso vem em primeiro lugar. Também casar perante a lei civil é de grande valor. Mas vem em segundo lugar.

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