segunda-feira, 20 de maio de 2013

Autor de novelas, Walcyr Carrasco lança livro com temática espírita

Por Marcio Maio/TV Press

A televisão sempre absorveu a maior parte do tempo de Walcyr Carrasco. Prova disso é que ele, que estreia hoje, 20 de maio, no horário nobre da Globo como autor de “Amor à Vida”, escreveu oito novelas originais nos últimos 13 anos, supervisionou “O Profeta” – em reprise atualmente no “Vale a Pena Ver de Novo” – e substituiu Benedito Ruy Barbosa quando este teve problemas de saúde em “Esperança”. E, curiosamente, foi justamente um compromisso de trabalho dos folhetins que culminou na publicação de “Juntos Para Sempre”, livro lançado recentemente por Walcyr.

Durante a primeira viagem que fez à África na pré-produção de “Caras & Bocas”, em 2008, um sonho formou a sinopse em sua cabeça, deixando-o determinado a transformar aquilo em romance. “A trama foi toda narrada para mim e me senti no dever de contá-la. Não tinha relação com nada que eu estava fazendo naquele período, mas não dava para deixar de lado”, lembra.

O livro é narrado sob a perspectiva do advogado Alan, profissional conceituado na faixa dos 40 anos que nunca se apaixonou. E tem muitas de suas noites de sono interrompidas por um sonho que se repete e remete a uma vida passada dele. Nas imagens, ele vê uma mulher sendo queimada viva e, impotente diante da execução, promete amá-la para sempre. Assim como alguns de seus trabalhos na tevê, como “Alma Gêmea” e “Sete Pecados”, Walcyr usa na história conceitos do espiritismo. “A minha forma de ver a vida está em todos os meus trabalhos. Certos valores vão aparecer sempre. Por exemplo, eu acredito em reencarnação, então meu livro fala sobre isso”, explica.

A obra foi escrita ao longo de um ano e o texto foi finalizado por Walcyr em novembro de 2012. O que significa que esse trabalho foi realizado simultaneamente à produção de “Gabriela”, folhetim que o autor adaptou do original “Gabriela, Cravo e Canela”, de Jorge Amado, para a faixa das 23 horas da Globo, com transmissão pela TV Diário. Mas, garante, não se dividiu de maneira matemática entre as duas obras, deixando que o próprio ritmo de trabalho determinasse qual seria priorizado em cada dia. “Fazer muitas coisas ao mesmo tempo é corrido, mas também dá um gás diferente. Particularmente, prefiro viver assim, quase perigosamente na profissão”, exagera.

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