terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Economia e Espiritismo

Jornal das Caldas, Portugal, 
17 de janeiro de 2012
Por José Lucas


Ultimamente não se tem falado noutra coisa: crise, dinheiro, taxas de juro, agências de “rating”, bolsa de valores, troika, FMI, euro, dólar, etc.

Para quem nunca foi versado em economia, o pânico é generalizado, onde a opinião substitui o facto, o boato substitui a probabilidade, a incerteza entranha-se no imo do ser humano como praga inevitável.

Se é verdade que existem situações sociais graves, importa identificar a causa e esta radica no orgulho e no egoísmo do ser humano, que vivendo na matéria, da matéria e para a matéria, desconhecendo a sua génese espiritual, embrenha-se em caminhos egoístas, querendo ter cada vez mais, sem olhar a meios.

Vivemos numa época de capitalismo selvagem, onde o ser humano pouco ou nada vale se comparado com as contas bancárias de cada um.

O Espiritismo, na sua tríplice vertente de ciência, filosofia e moral, tem como princípios básicos, a existência de Deus, a imortalidade do Espírito, a comunicabilidade dos Espíritos, a Reencarnação e a pluralidade dos mundos habitados.

Demonstrando através da pesquisa a imortalidade e a reencarnação, tais paradigmas (outrora crenças e hoje evidências científicas) mudarão inevitavelmente o figurino social muito em breve.

Ian Stevenson, um dos mais notáveis psiquiatras americanos, afirmou na Casa do Médico, no Porto, aquando da sua participação no simpósio “Aquém e Além do Cérebro”, que hoje em dia é perfeitamente possível acreditar na reencarnação com base em provas. Realçou o nobre cientista que, o que mais o entristecia era uma certa indiferença por parte dos cientistas materialistas, em relação a uma descoberta (imortalidade e reencarnação) que, quando for reconhecida oficialmente, operará na Terra uma revolução com impacto superior ao que a revolução industrial teve.

Sabendo que somos espíritos imortais, que voltaremos a ter novas existências carnais, o ser humano superar-se-á, libertar-se-á do materialismo anestesiante e, começará a vislumbrar que afinal a xenofobia, racismo, diferença de género, “superioridade social” ou cor de pele, não têm razão de ser, pois o Espírito voltará em novas existências, na condição que lhe for mais útil, de modo a poder, amanhã, retificar erros de outrora, bem como, ter novas oportunidades de aprendizagem intelectual e moral.

Assim, o avaro de ontem poderá renascer numa condição de extrema necessidade, não como castigo, mas muitas vezes solicitado pelo próprio, para que aprenda a valorizar aquilo que desperdiçou em vida passada, e assim sucessivamente, até que aprendamos a viver em fraternidade em sociedade.

Quando assim for, a economia não se baseará no lucro, mas sim no ser humano.

Toda a atividade económica terá por objetivo o bem-estar de todos os seres humanos e não apenas o de alguns, e as empresas buscarão apenas os lucros necessários, a fim de contribuírem para o bem geral, sem desperdícios reprováveis e destrutivos das matérias-primas do planeta.

Esse é o mundo para o qual caminhamos inevitavelmente, quer queiramos ou não, pois é uma inevitabilidade da evolução, dizem os espíritos superiores.

Resta-nos optarmos por merecermos voltar a nascer nesse novo mundo ou sermos relegados para outros planetas, que estejam mais de acordo com as nossas inferioridades morais.



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