quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Irmã Scheilla


Fonte: Magaly Sonia Gonsales - Revista Cristã de Espiritismo

Scheilla é um espírito muito conhecido e querido no movimento espírita brasileiro. As primeiras manifestações datam de pouco tempo depois de seu desencarne, em um grupo espírita da cidade de Macaé (RJ), por meio do médium Peixotinho. Chegou inclusive a se materializar e produzir belos fenômenos de efeitos físicos, como "apport", transporte e distribuição de flores e pequenos objetos e a impregnação do ambiente com éter ou perfumes.
"Tudo indica que Scheilla vinculou-se, algum tempo após a sua desencarnação em terras alemãs, às falanges espirituais que atuam em nome de Jesus, no Brasil.
Atualmente nossa querida Mentora trabalha na Espiritualidade juntamente com Cairbar Schutel, Coordenador Geral da Colônia Espiritual Alvorada Nova. Scheilla ,"desenvolve um trabalho forte e muito amplo com dedicação ímpar, coordenando quatorze equipes cujos coordenadores formam com ela o Conselho da Casa de Repouso, o qual se reúne periodicamente, decidindo às questões pertinentes à Casa.
Conta-nos R. A. Ranieri que, numa das primeiras reuniões de materialização, realizada pelo médium "Peixotinho", iniciadas em 1948, já surgiu a figura caridosa de Scheilla. "Em Belo Horizonte, marcou-se uma pequena reunião que seria realizada com a finalidade de se submeter a tratamento dona Ló de Barros Soares, esposa de Jair Soares. No silêncio e na escuridão surgiu a figura luminosa de mulher, vestida de tecidos de luz e ostentando duas belas tranças. Era Scheilla, entidade que na última encarnação animou a de uma moça alemã. Nas mãos trazia um aparelho semelhante a uma pedra verde-clara e ao qual se referiu dizendo que era um aparelho ainda desconhecido na Terra, emissor de radioatividade. Fez aplicações com o aparelho em dona Ló. A simplicidade e a beleza do espírito nos falava das regiões benditas da perfeição. Depois de alguns minutos, levantou-se da cadeira e fez uma belíssima pregação evangélica com sotaque alemão e voz de mulher."
Em vários grupos espíritas brasileiros, além de sua atuação na assistência à saúde humana, ela sempre se caracterizou em trazer às reuniões certos objetos (fenômeno de transporte) e distribuir no recinto éter ou perfume. É por isso que fica no ambiente um encantador perfume de flores.
Conta-nos Joaquim Alves (Jô) sobre uma ocorrência com a presença de Chico Xavier: "Chico aplicava passes. Ao nosso lado, ocorreu um ruído, qual se algum objeto de pequeno porte tivesse sido arremessado, sem muita violências. (-Jô - disse um médium - Scheilla deu-lhe um presente). Logo mais, procuramos ao nosso derredor e vimos um caramujo grande e adoravelmente belo, estriado em deliciosas cores. Apanhamo-lo, incontinenti, e verificamos nele água marítima, salgada e gelada, com restos de uma areia fresca. Scheilla o transportara para nós. Estávamos a centenas de quilômetros de uma nesga de mar, em manhã de sol abrasador que crestava a vegetação e, em nossas mãos, o caramujo que o Espírito nos ofertara."
A última encarnação de Scheilla verificou-se na Alemanha. Corriam os anos, e as guerras, os conflitos, eram vividos por todos os povos. Aflições e angústias assolavam a cidade de Berlim na Alemanha, onde Scheilla já atuava como enfermeira, socorrendo onde fosse chamada. Seu estilo simples, sua meiguice espontânea, muito ajudavam em sua profissão. Bonita, tez clara, cabelo muito louro, dava-lhe um ar de graça muito suave e mostrava nos olhos azuis-esverdeados um brilho intenso. Estatura mediana, sempre com seu avental branco, lá estava Scheilla, preocupada em ajudar sempre e sempre. Esquecia-se de si mesma, pensava somente na sua responsabilidade; via primeiro a dor, depois a criatura... Essa moça não ouvia as terríveis explosões partidas das armas destruidoras, porque o que Scheilla ouvia era a voz de alguém que gemia de frio e de dor. Por esta razão, numa tarde onde os soldados se misturavam ao ódio, gerado por almas sedentas de batalha, eis que tomba no solo de sua pátria, a jovem enfermeira, que através de sua coragem atravessava os campos perigosos de batalha, para socorrer, sanar os gritos que lhe vinham de encontro. Pelo toque triste de um clarim, muitos viram cair junto aos sofridos soldados na Segunda Grande Guerra Mundial, o corpo da enfermeira fiel, destemida e amiga. Morria nos campos de luta, Scheilla, aos 28 anos de idade, para depois de muitos anos, surgir nas esferas superiores com o seu mesmo estilo, seu mais ainda aprimorado carinho e dedicação. Scheilla, a Enfermeira do Alto, descendo agora em outra condição.

"ABENÇOA SEMPRE. Abençoa a Terra, por onde passes, e a Terra abençoará a tua passagem para sempre. – Scheilla

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