sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Opinião: Divaldo x Medrado e bobagens que a turma fala

Por Alamar Regis Carvalho
Rede Visão

O nosso movimento espírita, em grande parte, não tem tido o melhor cuidado, a disposição de aplicar o bom senso e o raciocínio quando tem que falar sobre alguém, naquilo que escreve ou quando comenta com as pessoas, no ambiente da fofoca ou naquele que é muito comum entre as pessoas, que diz, mais ou menos assim:

“Olhe, não é querendo falar mal não, mas fulano anda fazendo isto e aquilo... anda falando isto e aquilo... me disseram que...”

Tudo isto em nosso movimento é feito “muito fraternalmente”, sem maldade nenhuma, muito pelo contrário, com muita “caridade”, já que amamos muito os nossos confrades.

Conforme todos nós sabemos, o amor entre os espíritas é algo tão notável, para morador do ministério da União Divina nenhum botar defeito.

Nos tempos iniciais do Espiritismo, ainda na França, alguns trabalhadores do iniciante movimento espírita inventaram que Kardec estava vaidoso, estava querendo aparecer e, o que é pior, ganhando dinheiro às custas do Espiritismo, já que vendia livros que foram mandados imprimir em gráfica comdinheiro do bolso dele.

Vejam bem, vou repetir: Os livros eram impressos com dinheiro dele e não do movimento.

No início da década de sessenta, conforme está registrado na história do Espiritismo no Brasil, um grupo de espíritas, altamente defensor da “pureza” doutrinária, resolveu estabelecer uma ideia absolutamente maluca e sem sentido, que estabelecia uma suposta competição entre Divaldo Franco e Chico Xavier, que passaram a ser vistos, por essas mentes perturbadas, como concorrentes, mais ou menos como se fossem Vasco x Flamengo, Corinthians x Palmeiras, Grêmio x Internacional etc...

Daí surgiram ódios, boatos, mentiras, fraudes, difamação e até tentativa de destruição do nome de Divaldo, em abrangência nacional, através do Fantástico, da Rede Globo, em demonstrações de que a Fraternidade e a Honestidade, tanto pregadas nos centros, devem ser exercidas apenas em teoria, sem qualquer necessidade de ser praticada e vivenciada.

Outros chegaram e inventar que Divaldo não gostava do Raul Teixeira, e vice-versa. Engraçado é que a relação entre eles sempre foi a mais carinhosa possível, Raul sempre foi recebido com tapete vermelho quando foi à Mansão do Caminho e o Di, também, sempre foi tratado por ele com todo carinho que merece, quando em visita a Niterói.

Depois que o Chico desencarnou, começaram a incrementar a infeliz idéia de que Divaldo não suporta Medrado e que Medrado também não gosta dele, o que não era novidade, porque já haviam inventado isto antes.

Há muito tempo, quando em visita a diversas cidades e em participação em eventos, eu sempre encontrei amigos, leitores e telespectadores, que me perguntavam porquê Divaldo e Medrado não se suportavam.

Repetidamente tive que informar que se tratava de boato de quem não tem o que fazer e que vive tentando jogar de encontro os grandes realizadores.

Não vamos muito longe, consta que a indústria da fofoca do meio artístico criou uma irracional rivalidade entre as cantoras baianas, Ivete Sangalo e Claudinha Leite, inventando ofensas que uma teria dito contra a outra... O pior é que, parece, que ambas se deixaram levar por esse sensacionalismo ridículo e terminaram ficando mesmo estremecidas e com relação difícil.

Acontece que, no caso de Medrado e Divaldo, já que ambos são “macacos velhos” e “gatos escaldados” em relação a essas coisas, eles não se deixam envolver por essas infelizes criatividades dos obsessores encarnados e até evitam de comentar esse tipo de assunto.

Em dezembro de 2001 eu tive a oportunidade de fazer um dos meus programas, “Espiritismo via Satélite”, diretamente de Salvador, com a presença dos dois, e o que o povo do Brasil inteiro viu foi muito carinho, de ambas as partes: Medrado se dirigindo ao Divaldo como um filho reconhecendo as orientações de um pai amoroso e experiente e o Di, por sua vez, tratando-o como aquele filho querido, que representava o jovem estilo da comunicação espírita, com muita alegria. O programa está aí sendo re-exibido pela TV CEI e todo mundo pode ver o que existe, de realidade. Inclusive eu tenho este programa em DVD, que é um dos mais vendidos junto ao público que gosta de mim.

Gente! Divaldo Franco é um homem de valores morais REAIS e não apenas teatralizados para entusiasmar platéias. Ele é uma pessoa honesta, digna, decente e verdadeiramente possuidora de uma conduta conforme a doutrina espírita ensina a todos nós, além de ser uma pessoa extremamente amiga, bem humorada, de bem com a vida e não se dispõe, em momento algum, a falar mal de quem quer que seja. Mas tem uma coisa: Sabe ser enérgico, também, quando necessário, diante de qualquer tentativa de alguém que tenta aplicar-lhe armadilhas, a fim de respaldar fofocas e intrigas. Se alguém tentar fazê-lo confirmar, sobretudo em público, coisas que ele não disse, ele, com certeza, vai dizer, na cara desse alguém, na frente de todo mundo: “Isto não é verdade, eu nunca afirmei isto e você está equivocado”. Não vá pensar que ele vai ficar praticando humildadezinha fajuta, que ele não vai. Aliás, isto é muito bom, para ver se algumas pessoas acordem e parem com as palhaçadas de tirarem conclusões com base em “disse-me-disse”. Numa linguagem bem Alamar: pra ver se muita gente toma vergonha na cara.

Medrado, por sua vez, também não está para agradar ninguém, sob “peninha” de deixar a pessoa em situação difícil. É homem digno, também, é honesto, é consciente do seu dever e sabe muito bem o que está fazendo. Funcionário público eficiente, no cargo que ocupa como Diretor do Tribunal do Trabalho, na Bahia, não tem rabo preso com ninguém.

Posso garantir a todos que as portas da Mansão do Caminho sempre estiveram e sempre estarão abertas ao Medrado, que sempre será recebido com carinho, a hora que quiser ir lá; da mesma forma que as portas da Cidade da Luz, também, sempre estiveram e estarão abertas ao Di, com todo carinho e honra. Inclusive a mais linda praça da Cidade da Luz tem o nome da Joanna de Angelis, numa homenagem carinhosa à mentora do maior divulgador espírita de todos os tempos.

Aliás, é bom que as portas da Cidade da Luz estejam bem abertas, principalmente pra mim, porque ali tem uma feijoada pra ninguém botar defeito, todo primeiro domingo de cada mês e Medrado não é nem besta de fechá-las, pra mim, obviamente. Sei que Divaldo é chegado também a um feijãozinho bem temperado, com uma pimentinha.

Simplesmente ambos têm estilos de comunicação diferentes e devem ser respeitados.

Medrado, que também utilizou-se, durante muito tempo, do estilo tradicional de fazer palestra espírita, resolveu mudar, assim como os meios de comunicação mudam, e passou a adotar um estilo que podemos chamar de “palestra show”.

A expressão “show” talvez assuste a alguns, que definem o Espiritismo sério necessariamente como expositores se apresentando de caras fechadas, vestidos com roupas em cores sóbrias, falando manso, desejando muita paz pra todo mundo e dizendo que está melhor do que merece. Mas quem é que, em perfeito estado de lucidez e bom senso, pode querer condenar a manifestação de alguém, em forma de show?

Exemplifiquemos o cantor Roberto Carlos, que faz os seus shows que emocionam a tanta gente, que faz tantos quarentões, cinqüentões e até sessentões voltarem no tempo e relembrarem os seus tempos de namoros, escutando as suas músicas. Quem é que não se sente bem diante de um show do Roberto? O IBOPE da Globo aponta a gigantesca audiência que ele se traduz, principalmente entre as pessoas mais adultas.

É condenável a audiência de um show?
Por que a mensagem Espírita não pode, também, ser passada em forma de show?
Por que alguns vêem pecado nisto?

Não faz o estilo do Divaldo colocar em suas palestras a música do Zeca Pagodinho, por exemplo, e fazer sacudir a platéia com o popular ritmo. Na estrutura corporal e na idade dele não ficaria bem adequado, mas na de Medrado cabe, sim, sem qualquer problema, considerando que as músicas do conhecido cantor, bem como de outros interpretes da música popular brasileira, são escolhidas com o maior cuidado, considerando o conteúdo das suas letras.

Quem se dá ao cuidado de analisar, cuidadosamente, o estilo Medrado, sem o “fraterno” preconceito, vai observar que as letras das músicas colocadas por ele sempre trazem alguma mensagem que faz com que as pessoas reflitam, de alguma forma, em suas maneiras de viver.

Ou será que música popular, necessariamente, se traduz em manifestações do pecado, por mais que o seu conteúdo seja edificante?

Agora, se o espírita é daquele tipo, cujo nível de inteligência admite tirar conclusões sobre pessoas, com base em disse-me-disse, aí nem com “reza braba” tem jeito.

O Espiritismo surgiu com proposta racional, mas daí a entender que todo participante do movimento espírita é racional, tem uma diferença muito grande.

Só que a racionalidade não é um bem tão complicado de todas as pessoas adquirirem, não exige anos de estudos em universidades e não exige mestrado ou doutorado, basta exercício mental, aplicação da lógica, disposição para pensar, pesquisar e checar antes de julgar, ter disposição para consultar sempre que possível mais de uma fonte e independência de pensamento.

Juntando tudo isto com honestidade, para consigo mesmo, e o mínimo de vergonha na cara, varrendo todo o lixo da falsa humildade e da hipocrisia, todo espírita estará quite com a doutrina, neste aspecto.

Zé Medrado e Divaldo são dois amores, a serviço da divulgação do bem, que todos nós devemos amar, incentivar, pedir a Deus que dê a ambos muita saúde, para continuarem a fazer milhares e milhões de pessoas felizes por este mundo a fora.

Quando nós proferimos as nossas palestras e qualquer trabalho no centro, fazendo citações de diversas questões de “O Livro dos Espíritos”, com suas diversas numerações, quando citamos até números de páginas de “Evolução em Dois Mundos”, “No Invisível”... e qualquer outra obra espírita, estaremos apenas demonstrando conhecimento teórico, porque o conhecimento prático do Espiritismo só é demonstrado quando nós, de fato, amamos o nosso próximo, inclusive os confrades do nosso movimento.

Vejam agora o que Medrado escreveu, com carinho, sobre o nosso querido Di, em sua coluna semanal do jornal A TARDE, de Salvador, coluna esta que eu tive a honra de ser o seu fundador:

(Coluna Religião, assinada por José Medrado)
O presidente do Tribunal Regional do Trabalho da Quinta Região, de quem tenho a honra de ser amigo pessoal, Dr. Paulino Couto, de sua cota pessoal como mandatário maior da Justiça do Trabalho na Bahia, outorgou a Divaldo Franco a Comenda do Mérito Judiciário Trabalhista da Bahia. Essa homenagem guarda um especial e pessoal sabor para mim, já desfrutado com Divaldo Franco, pois pude defender tal indicação, na Casa que sirvo, concursado que sou, por mais de 28 anos.
Seguramente, haverei de ser um dos primeiros a guardar uma foto deste dia memorável, para todos os espíritas servidores da Justiça do Trabalho, e a mim, permitam-me, em especial.
A história de Divaldo já foi contada e recontada muitas vezes, mas ainda guarda um grande manancial de conteúdo a ser dividido com o público, pois a sua trajetória de líder espírita traz inacreditáveis capítulos de ações em defesa de seus ideais e crenças.
Imagino as lutas que Divaldo teve que travar em diversos momentos de sua trajetória, principalmente quando iniciou, época em que o Espiritismo não tinha o respeito e até a admiração que guarda hoje. Tenho sido, talvez por ser da terra dele, o destinatário de muitos casos e vivência de sua caminhada, que servem para reflexões de vida.
O Espiritismo tem se emancipado muito, tornando-se, hoje, uma referência de ação social, de cultivo da paz. Vemos, inclusive por iniciativa de Divaldo, que até um espírita, o inesquecível Chico Xavier, teve milhares de assinaturas em prol da sua candidatura ao prêmio Nobel da Paz. Certamente, o caráter político da premiação não o fez vitorioso. Todavia, ficou registrada a movimentação.
A transformação do Espiritismo ecoa por toda parte. Guardo o orgulho, por exemplo, de ser um dos primeiros a trazer a alegria às palestras espíritas, a música popular para dentro dos centros. É natural, como todo o novo, houve resistência, disseram que brinco nas palestras, que as músicas eram de barzinho, mas a verdade, no entanto, é que hoje-em-dia poucos são os Centros que não tocam música popular, inclusive em grandes eventos, ou palestrantes que não fazem as suas graças em suas exposições. E, assim, vão se esquadrinhando os caminhos, as lutas.
No século XXI, os desafios continuam grandes para o movimento espírita, talvez o maior de todos seja a sua popularização através das ferramentas da tecnologia disponível. O objetivo não é fazer proselitismo, nem criar ilusões, mas oferecer aos interessados uma porta de acesso mais à mão, um instrumento a mais para as explicações dos processos da vida.
Continuo guardando grandes expectativas, a propósito, do recém-empossado presidente da FEEB, André Peixinho, inclusive como ele é também articulista desta coluna, segue a sugestão de passar a nos falar de suas idéias, frente à Federação, para a sua gestão, fazendo, assim, com que nós, os centro espíritas filiados a essa instituição que deve ser representativa dos espíritas baianos, tenhamos a informação de ação de gestão democratizada, e não apenas informada.
José Medrado é fundador e presidente da Cidade da Luz




Carinhosamente.

Abração, Gente!



Alamar Régis Carvalho

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Alamar Régis Carvalho - Analista de Sistemas - E-mail: alamar@redevisao.net orkut: "alamarregis" www.redevisao.net

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