quinta-feira, 23 de maio de 2013

Revista Galileu: PROFESSOR DE HARVARD FALA DA EXPERIÊNCIA DE QUASE MORTE


por Redação Galileu

Caso vem chamando atenção da imprensa mundial: professor de Harvard ficou em coma e diz que, mesmo com o cérebro desligado e quase sem chances de sobrevivência, passou esse tempo em um mundo espiritual


Editora Globo

Tudo começou quando Eben acordou com dor de cabeça em uma manhã de 2008. Não suportando a dor, foi levado ao hospital. Chegando lá, foi diagnosticado com um surto de meningite bacteriana – algo muito raro e que costuma atingir apenas recém-nascidos. A bactéria havia entrado em seu fluido cérebro-espinhal. A dor que ele sentia era da bactéria comendo seu cérebro e do seu córtex sendo desligado. 
Eben chegou ao hospital com poucas chances de ter alguma sobrevivência que fosse além do estado vegetativo. Com o passar do tempo, essa estatística caiu pra praticamente zero. Uma semana depois, quando os médicos já debatiam se continuavam ou interrompiam o tratamento, ele abriu os olhos. Totalmente consciente e com uma certeza: passara os últimos dias no Paraíso. 

A descrição do neurocirurgião é tão rica, tão cheia de detalhes que realmente leva a crer que ele não está inventando nada disso. Tanto que ele foi capa da revista americana Newsweek e está lançando um livro, que chega às lojas americanas dia 23 de outubro. Um acadêmico sério, um professor com respeitada carreira em Harvard, um médico especialista em cérebro – qualquer uma dessas pessoas falando de coisas como experiência pós-morte e reino espiritual chamaria atenção. Um ser humano que reúne as 3 características se importar em escrever um livro inteiro sobre o tema é suficiente para fazer o mundo virar a cabeça lentamente e se perguntar “Será que...?”

Eben diz que estava em cima de nuvens rosadas que contrastavam com um céu azul escuro. Acima dele, seres transparentes (nem anjos, nem pássaros, uma forma superior, segundo ele) cruzavam o céu. Ele sentia como se estivesse naquele lugar há muito tempo e não tinha nenhuma memória de sua vida aqui na Terra. A sinestesia imperava: sons são sentidos pela pele “como uma chuva que você sente mas não te molha”. O médico ficou o tempo todo acompanhado de uma mulher de olhos azuis que não falava nada, e nem precisava: “Se ela te olhasse daquele jeito por 5 segundos, sua vida inteira até aquele momento já teria valido a pena.” As cores de tudo à sua volta tinham um aspecto “avassalador e super vívido” – ele ficou um tempo com a mulher em cima de uma asa de borboleta, enquanto outras incontáveis borboletas voavam em volta deles.

O olhar arrebatador da mulher não era de amizade, nem de sedução ou amor: era algo muito além, muito acima e inédito para olhos mundanos – expressão bastante recorrente em seu relato. Sem falar nada, ela disse pra ele:

- “Você é amado e querido para sempre”

- “Você não tem nada para temer”

- “Não tem nada que você pode fazer de errado” 


E depois ainda emendou “Iremos mostrar muita coisa pra você aqui. Mas, eventualmente você vai voltar”. Tudo isso apenas olhando para Eben, que se perguntava “Voltar para onde?”. As respostas para suas perguntas existencialistas vinham “como uma explosão de cor, luz, amor e beleza que explodia em mim como uma onda quebrando”.

No final do seu relato, Eben deixa claro que sua estada no paraíso lhe pareceu mais real do que qualquer outra coisa que tenha acontecido com ele durante sua vida – casamento e nascimento de filhos incluso. Evidente que o relato de Eben não está acima de qualquer suspeita, mesmo que ele tenha passado por tudo isso, não há como garantir que esse lugar é real: todos nós sabemos quanto um sonho pode parecer real, mais até que a própria realidade, em alguns momentos. A diferença é que estamos falando de alguém que sempre teve todos os motivos do mundo para ser cético. É a ciência, mais uma vez, se confrontando com as imprecisões da mente  e da alma humana.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

ARQUIVO REVISTA VEJA : Cientistas mapeiam a atividade cerebral de médiuns

Fonte: veja.abril.com.br

17/11/2012

Pesquisadores examinaram o cérebro de médiuns brasileiros e descobriram que áreas ligadas à linguagem tiveram atividade abaixo do esperado, o que poderia mostrar um estado de falta de foco e de perda da autoconsciência

cerebro arte
Os médiuns mais experientes apresentaram redução na atividade de determinadas áreas do cérebro (iStockphoto)
A atividade cerebral em determinadas partes do cérebro dos médiuns diminui nas sessões de psicografia, revela um artigo científico publicado nesta sexta-feira na revista PLOS ONE. Realizado por pesquisadores da Universidade Thomas Jefferson, nos Estados Unidos, e da Universidade de São Paulo (USP), o estudo mapeou, por meio de tomografias, os cérebros de uma dezena de médiuns brasileiros enquanto eles psicografavam.
As áreas do cérebro que apresentaram redução no fluxo sanguíneo cerebral foram ohipocampo esquerdo, o giro temporal superior direito e regiões do lobo frontal, que são associadas ao raciocínio, planejamento, geração de linguagem, movimento e solução de problemas. Para os autores, entre eles Andrew Newberg, professor da Universidade Thomas Jefferson, e Julio Peres, professor do Instituto de Psicologia da USP, essa pouca atividade pode indicar falta de foco, de atenção e de autoconsciência durante as psicografias. O curioso, no entanto, é que a complexidade das cartas redigidas durante o transe da psicografia deveria estar relacionada com uma maior atividade nessas áreas do cérebro.
"Experiências espirituais afetam a atividade cerebral, e isso é conhecido. Mas a resposta cerebral à prática de uma suposta comunicação com um espírito ou uma pessoa morta recebeu pouca atenção científica. A partir de agora, novos estudos devem ser realizados", diz Newberg.

Saiba mais

PSICOGRAFIA
Habilidade atribuída a médiuns de escrever mensagens ditadas por espíritos, estabelecendo uma espécie de elo entre o mundo terreno e o espiritual.
HIPOCAMPO
São estruturas localizadas nos lobos temporais do cérebro humano responsáveis pelas memórias de curto e longo prazo. A relação entre seu tamanho e capacidade, no entanto, ainda não está clara. A região atua também no sistema de navegação espacial e na ativação de hormônios que respondem a situações de estresse, adaptando o corpo.
De acordo com o espiritismo, os médiuns, quando psicografam, recebem mensagens de espíritos de pessoas mortas. No Brasil, o mais conhecido dos médiuns foi o mineiro Chico Xavier (1910-2002), que produziu mais de 400 livros.
Para comparar o nível de atividade cerebral durante as psicografias, os cientistas aplicaram exames nos médiuns enquanto eles escreviam textos sem estar em estado de transe. 
Experiência — A redução da atividade no lobo frontal ocorreu em níveis diferentes nos participantes. Eles foram separados entre médiuns experientes e iniciantes, sendo que o tempo de exercício da atividade variava de 5 a 47 anos. Para os noviços, a atividade no lobo posterior foi consideravelmente mais intensa. De acordo com os pesquisadores, isso pode indicar um maior esforço para tentar atingir com sucesso o estado de transe.
Outra questão levantada pela pesquisa é a complexidade dos textos produzidos. Uma análise mostrou que o conteúdo das cartas psicografadas era mais complexo do que as redigidas para outros fins. "Particularmente, os médiuns mais experientes produziram um material mais complexo, o que na teoria deveria requerer mais atividade nos lobos temporal e frontal. Mas este não foi o caso", escrevem os estudiosos. O conteúdo das cartas psicografadas, por exemplo, envolvia princípios éticos e abordava questões de espiritualidade e ciência.
Uma das hipóteses para esse fenômeno, segundo os pesquisadores, é que, ao reduzir a atividade do lobo frontal, outras partes do cérebro sejam acionadas, aumentando o nível de complexidade. "Enquanto as razões exatas para isso são ainda desconhecidas, nosso estudo sugere que há uma correlação neurofisiológica envolvida", afirma Newberg.
Essa correlação, no entanto, não é, absolutamente, um indicativo de uma suposta conexão com o mundo espiritual, ou algo do gênero. O mesmo fenômeno observado no cérebro dos médiuns ocorre com o cérebro de pianistas, por exemplo. Enquanto eles estão aprendendo a tocar e é preciso se concentrar em cada nota musical, o cérebro é ativado. Mas às medida que se tornam experts e tocar não requer mais tanta concentração, o cérebro não produz tanta atividade. "Podemos estar vendo um fenômeno parecido, no qual os médiuns treinam seus cérebros para desempenhar uma atividade psicográfica", diz Newberg.

"O estudo contribui para o nosso entendimento da relação entre o cérebro e as experiências e práticas espirituais" 

Andrew Newberg
Diretor de Pesquisa no Myrna Brind Center of Integrative Medicine da Universidade Thomas Jefferson

Por que houve essa diferença na atividade cerebral de acordo com a experiência dos médiuns?
Eu acho que isso reflete como o cérebro pode ser treinado para uma tarefa particular — um efeito de treino. Por exemplo: quando uma pessoa começa a aprender a tocar piano, ou outro instrumento musical, ela precisa, a princípio, focar em aprender cada nota — presumivelmente ativando o cérebro. Mas, na medida em que ela se torna um expert, o cérebro fica mais eficiente e pode até diminuir sua atividade, uma vez que tocar torna-se uma coisa fácil, que pode ser feita sem pensar. Podemos estar vendo um fenômeno parecido, no qual os médiuns treinam seus cérebros para desempenhar uma atividade psicográfica.
O que a redução da atividade em certas partes do cérebro sugere?
Neste caso, o estudo sugere que áreas que normalmente funcionam quando estamos escrevendo ou realizando outras tarefas cognitivas, de certa forma, desligam quando a pessoa entra em estado de transe. Isso é consistente com a experiência (dos médiuns) segundo a qual eles não estão no comando da prática e do que estão escrevendo. Quando a atividade do lobo frontal diminui, a pessoa não sente que está realizando uma tarefa, e sim que essa tarefa está sendo feita para ela.
Qual a relação entre experiências espirituais e a atividade cerebral?
As experiências espirituais são muito diversificadas e incluem processos cognitivos, emocionais, de percepção e de comportamento. Dependendo do tipo de experiência, nós vemos diferentes maneiras no modo como o cérebro responde. Para a psicografia, o lobo frontal diminui sua atividade porque o transe faz com que eles sintam que não estão escrevendo.
Na opinião do senhor, qual a maior contribuição do estudo?
Eu acho que o estudo contribui para o nosso entendimento da relação entre o cérebro e as experiências e práticas espirituais. Também nos leva a pensar se os médiuns de fato estão conectados a um reino espiritual, ou se simplesmente estão usando seus cérebros para construir essas experiências. Esse estudo não nos dá uma resposta definitiva. Mas traz muita coisa para pensarmos.

Chico Xavier fala sobre Nosso Lar

Chico Xavier, em entrevista concedida a Sra. Guiomar Albanesi, no Centro Espírita Perseverança, São Paulo, Capital, em Outubro de 1974.

Quando estávamos recebendo, mediunicamente, o primeiro livro de André Luiz, que traz esse título, impressionamo-nos vivamente com respeito ao assunto, porque a nossa perplexidade era indisfarçável e, sendo o nosso assombro um motivo para perturbar a recepção do livro, o nosso André Luiz promoveu, em determinada noite, a nossa ausência do corpo físico para observar alguns aspectos, os aspectos mais exteriores, da chamada cidade “Nosso Lar”. Mundo novo que somos chamados a perceber, a estudar, porque se relaciona com o futuro de cada um de nós. Ainda que não sejamos acolhidos na referida colônia, outros lares nos esperam após a desencarnação. Isso é muito importante.
Há muita gente que considera esse assunto demasiadamente remoto para que venhamos a nos preocupar com ele.
Entretanto, na lógica terrestre, somos obrigados a cuidar dos estoques de determinados materiais – gasolina, óleo, medicamento, cereais. Se nos interessamos por isso, no trânsito sobre a Terra, por que admitir por ocioso esse tema da espiritualidade que nos espera inevitavelmente a todos?
O Espírito de André Luiz, registrando-nos o espanto, porquanto a estranheza era enorme da parte dos companheiros de Pedro Leopoldo e Belo Horizonte, aos quais mostrávamos as páginas em andamento, teve o cuidado de mostrar-nos determinada faixa de Nosso Lar, onde jaziam centenas de irmãos hospitalizados, ocupando a atenção de médicos, de instrutores, enfermeiras, sacerdotes e pastores das diversas religiões.Devemos assinalar esse fato, de vez que, frequentemente, depois da morte são obrigados a compartilhar-nos crenças e concepções com respeitos às verdades eternas do espírito, quando a caridade de Nosso Senhor Jesus Cristo nos espera a todos, quanto a discernimento e compreensão. Cada criatura, nessa cidade, é chamada gradativamente para um estado mais amplo de entendimento.
Nosso Lar é o retrato de muitas das colônias que nos aguardam, mas não é propriamente o retrato único, porque possuímos, além da Terra, além da vida física, muitas e muitas cidades de natureza superior e outras de natureza inferior a que chegaremos, inevitavelmente, segundo as nossas escolhas e méritos neste mundo.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Médiuns Sensacionalistas

Vianna de Carvalho (espírito)
(Mensagem psicografada por Divaldo Franco em 1989, transcrita em o Reformador)
Manoel Vianna de Carvalho destacou-se como um orador na divulgação da Doutrina Espírita. Considerado um dos vultos do Espiritismo, foi engenheiro militar, bacharel em Matemática e Ciências Físicas, tendo alçado, no Exército Brasileiro, o posto de Major. Exerceu o cargo de Chefe do Estado-Maior da 7ª Região Militar. Dotado de grande cultura científica e literária, era profundo conhecedor da Doutrina Espírita, o que fez com que se destacasse como um dos seus mais ativos propagandistas na Região Nordeste do Brasil. 

A frase de João Batista: "É necessário que Ele cresça, e que eu diminua", tem atualidade no comportamento dos médiuns de todas as épocas, especialmente em nossos dias tumultuados.

À semelhança do preparador das veredas, o médium deve diminuir, na razão direta em que o serviço cresça, controlando o personalismo, a fim de que os objetivos a que se entrega assumam o lugar que lhes cabe.

A mediunidade é faculdade neutra, a que os valores morais do seu possuidor oferecem qualificação. Posta a serviço do sensacionalismo entorpece os centros de registro e decompõe-se. Igualmente, em razão do uso desgovernado a que vai submetida, passa ao comando de entidades, perversas e frívolas, que se comprazem em comprometer o invigilante, levando-o a estados de desequilíbrio como de ridículo, por fim, ao largo do tempo, empurrando o médium para lamentáveis obsessões.

Entre os gravames que a mediunidade enfrenta, a vaidade e o personalismo do homem adquirem posição de relevo, desviando-o do rumo traçado, conduzindo-o ao sensacionalismo inquietante e consumidor.

Neste caso. o recolhimento, a serenidade e o equilíbrio que devem caracterizar o comportamento psíquico do médium cedem lugar à inquietação, à ansiedade, aos movimentos irregulares das atrações externas, passando a sofrer de irritação, devaneios, e à crença de que repentinamente se tornou pessoal especial, irrepreensível e irreprochável, não tendo ouvidos para a sensatez nem discernimento para a eqüidade.

Torna-se absorvido pelos pensamentos de vanglória, e, disputado pelos irresponsáveis que lhe incensam o orgulho, levam-no à lenta alucinação, que o atira ao abismo da loucura.

A faculdade mediúnica é transitória como outra qualquer, devendo ser preservada mediante o esforço moral de seu possuidor, assim tornando-se simpático aos Bons Espíritos que o inspiram à humildade, à renuncia, à abnegação.

Quando o personalismo sensacionalista domina o psiquismo do homem, naturalmente que o aturde, tornando-se mais grave nos sensores mediúnicos cuja constituição delicada se desarticula ao impacto dos choques vibratórios dos indivíduos desajustados e das massas esfaimadas, insaciadas, sempre à cata de novidades e variações, sem assumirem compromissos dignificantes.

S. João Bosco, portador de excelentes faculdades mediúnicas, resguardava-as da curiosidade popular, utilizando-as com discrição nas finalidades superiores.

Santa Brigida, da Suécia, que possuía variadas expressões mediúnicas, mantinha o pudor da humildade, ao narrar os fenômenos de que se fazia objeto.

José de Anchieta, médium admirável e curador eficiente, agia com equilíbrio cristão, buscando sempre transferir para Jesus os resultados das suas ações positivas.

S. Pedro de Alcântara, virtuoso médium possuidor de vários "dons", ocultava-os, a fim de servir, apagado, enquanto o Senhor, por seu intermédio, se engrandecia.

Santa Clara de Montefalco procurava não despertar curiosidade para os fenômenos mediúnicos de que era instrumento, atribuindo-os todos à graça divina de que se reconhecia sem merecimento.

Os médiuns que cooperaram na Codificação do Espiritismo, sensatamente anularam-se, a fim de que a Doutrina fixasse nas almas e vidas as bases da verdade e do amor como formas para a aquisição dos valores espirituais libertadores.

Todo sensacionalismo altera a face do fato e adultera-lhe o conteúdo.

Quando este se expressa no fenômeno mediúnico corrompe-o, descaracteriza-o e põe-no a serviço da frivolidade.

Todos quantos se permitiram, na mediunidade, o engano do sensacionalismo, não obstante as justificações sob as quais se resguardam, desceram as rampas do fracasso, enganados e enganando aqueles que se deixaram fascinar pelos seus espetáculos, nos quais, o ridículo passou a figurar.

O tempo, este lutador incessante, encarrega-se de aferir os valores e demonstrar que a "árvore" que o Pai não plantou "termina" por ser arrancada.

Quando tais aficionados da mediunidade bulhenta se derem conta do erro, caso isto venha acontecer, na Terra, possivelmente, o caminho de retorno à sensatez estará muito longo e o sacrifício para percorrê-lo os desencorajará.

Diante do sensacionalismo mediúnico, recordemo-nos de Jesus, que após os admiráveis fenômenos de socorro às massas jamais aceitava o aplauso, as homenagens e gratulações dos beneficiários, recolhendo-se à solidão para, no silêncio, orar, louvando e agradecendo ao Pai, a Eterna Fonte geradora do Bem.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

ARQUIVO SUPERINTERESSANTE: Como surgiu O LIVRO DOS ESPÍRITOS


ARTE: ARISTON VENANCIO SOB UM DESENHO DE DESMOULIN

Os bastidores do Livro dos Espíritos: Saiba como um professor de ciências investigou as mensagens dos espíritos para fundar uma religião na Paris do século 19

SUPERINTERESSANTE 254 A - JULHO 2008

por Artur Fonseca


Na sala principal de uma mansão em Paris, um grupo de senhores elegantes observa em silêncio a garota de 14 anos. Julie Baudin está sentada em frente a uma mesa redonda e segura um estranho objeto – uma cesta com um lápis encaixado na borda, que risca letras em espiral. Cada palavra é analisada atentamente por um dos homens. A garota parece não saber por que os adultos olham para ela tão concentrados – volta e meia ela ri e faz algum comentário engraçado. Suas mãos, porém, desenham no papel frases que em poucos meses irão fundar uma religião: o espiritismo.

Publicado pela primeira vez em 1857, o Livro dos Espíritos foi organizado em cerca de 20 meses pelo professor francês Allan Kardec, que coordenou longas reuniões com médiuns, fazendo perguntas a eles e colhendo respostas que acreditava vir dos espíritos. Dos vários médiuns que contribuíram para o livro, 3 garotas se destacam. Julie e Caroline Baudin, de 15 e 18 anos, e Ruth Japhet, de 20. Organizando as respostas para 501 perguntas sobre o Universo, Kardec criou a doutrina e visão de mundo do espiritismo, fazendo dele muito mais que uma diversão da burguesia parisiense.
Na época, os fenômenos mediúnicos serviam como passatempo nos salões de Paris, que começava a ganhar ares cosmopolitas. A partir de 1850, a cidade passou por uma grande reforma. Ruelas medievais e casebres deram lugar a avenidas largas e bulevares que convergiam no Arco do Triunfo, símbolo da força da modernidade e da nova burguesia francesa. Com novos parques, a cidade se preparava para virar o século como a Cidade das Luzes. Era tempo de revolução industrial e descobertas científicas, que tornavam o homem capaz de explicar e interferir nos fenômenos ao seu redor. Ou em quase todos.
Porque no meio de toda essa modernidade, as mesas girantes eram uma febre que assolava a Paris de 1850. Eram comuns as reuniões em salões culturais ou mansões de senhoras da sociedade, nos quais as pessoas iam para girar mesas apenas com o poder da concentração. “Toda a Europa tem o espírito voltado para uma experiência que consiste em fazer girar uma mesa”, afirmou o jornal L’Illustration do dia 14 de maio de 1853. “Ide por aqui, ide por ali, nos grandes salões, nas mais humildes mansardas, no atelier do pintor – e vereis pessoas gravemente assentadas em torno de uma mesa vazia, que elas contemplam à semelhança daqueles crentes que passam a vida a olhar seus umbigos.” Nas reuniões, havia poetas, intelectuais e nobres. O poeta Victor Hugo era freqüentador assíduo das reuniões e chegou a escrever que “negar a atenção a que tem direito o espiritismo é desviar a atenção da verdade”.
Numa noite de maio de 1855, a reunião das mesas girantes aconteceu na casa de uma senhora chamada Plainemaison. Uma das pessoas que compareceu à reunião foi Hippolyte Léon Denizard Rivail, um professor de ciências de 50 anos. Mais tarde, ele contaria como a visita o deixou impressionado. As mesas, segundo ele, não só giravam como batiam no chão e se moviam “em condições que não deixam margem a qualquer dúvida”. A reunião na casa da sra. Plainemaison deixou Rivail aturdido. “Entrevi naquelas aparentes futilidades, no passatempo que faziam daqueles fenômenos, qualquer coisa de sério, como que a revelação de uma nova lei, que tomei a mim investigar a fundo”, escreveria o professor, anos depois.
Começam as sessões
Rivail passou meses observando o fenômeno naquela e em outras casas da cidade, como a dos Boudin, que tinham duas filhas que acreditavam ser médiuns. O mais estarrecedor era que as mesas pareciam não só rodar como também falar. Isso mesmo: pareciam indicar letras com pancadas no chão e, quando interrogadas, moviam-se para a direita ou esquerda, tentando comunicar “sim” ou “não”. “Se as pessoas viam o fenômeno como uma diversão, Rivail ia às reuniões de mesas girantes como um cientista. Fazia perguntas sérias e anotava as respostas que obtinha”, diz o médium e jornalista Jorge Rizzini. Em abril de 1856, 11 meses depois da primeira visita a uma daquelas reuniões, a mensagem da mesa perturbou ainda mais aquele professor de ciências. Um espírito teria escolhido Rivail para reunir e publicar os ensinamentos que ele obtinha nas mesas. Rivail não acreditou e pediu que o espírito repetisse a mensagem. “Confirmo o que foi dito, mas recomendo discrição, se quiser se sair bem. Tomará mais tarde conhecimento de coisas que agora o surpreendem”, foi a mensagem que ele recebeu como resposta.
Assim o trabalho começou. Todas as terças-feiras, Rivail freqüentava a casa da senhora Boudin. Julie, a moça de 14 anos, e sua irmã Caroline, de 16, psicografaram quase todas as questões do Livro dos Espíritos. Como a identidade das duas foi mantida em segredo por muitos anos, sabe-se pouco sobre elas. O que se sabe é que Julie era uma médium passiva, inconsciente do que escrevia. Somente achava divertido as pessoas lhe darem tanta importância. As reuniões, dirigidas pelos pais delas, não eram secretas, mas restritas a poucos convidados. Para escrever as mensagens, Julie e Caroline usavam uma cesta-de-bico, feita de vime, com 15 a 20 centímetros de diâmetro e uma espécie de bico com um lápis na ponta. “Pondo o médium os dedos na borda da cesta, o aparelho todo se agita e o lápis começa a escrever”, contou Kardec em O Livro dos Médiuns. Com o tempo, as garotas passaram a usar a psicografia direta, mesmo método usado mais tarde pelo brasileiro Chico Xavier.
Diante delas, Rivail fazia perguntas que nós, mortais, sempre quisemos fazer a quem passa pela morte e volta para contar. A 4ª pergunta do Livro dos Espíritos, por exemplo, é “Poderíamos dizer que Deus é infinito?” E a resposta: “Definição incompleta. Pobreza da linguagem dos homens, insuficiente para definir coisas acima de sua inteligência”. A 150ª é “A alma, após a morte, conserva sua individualidade? Sim, nunca a perde. O que seria ela se não a conservasse?”
As respostas que Caroline e Julie psicografavam eram revistas, analisadas e muitas vezes comparadas a outras mensagens. Na fase de revisão, a médium que mais contribuiu foi Ruth Japhet, uma médium sonâmbula que tinha mais de 50 cadernos com mensagens que psicografava à noite. Para Rivail, a revisão era necessária, primeiro, por causa da dificuldade em se entender o que os espíritos diziam. Segundo, porque, para ele, os espíritos não eram donos de toda a sabedoria do Universo. “Um dos primeiros resultados das minhas observações foi que os espíritos, não sendo senão as almas dos homens, não tinham nem a soberana sabedoria nem a soberana ciência; que seu saber era limitado ao grau de adiantamento; e que a opinião deles não tinha senão o valor de uma opinião pessoal”, escreveu ele em O Livro dos Médiuns. Por isso, Kardec afirmava que muitas mensagens de entidades eram ignoradas, ou por terem gracejos ofensivos ou por não fazerem sentido. Também por esse motivo, quanto mais médiuns participassem da composição do livro, melhor. Segundo ele, mais de 10 deles contribuíram na 1ª edição da obra.
Quando Rivail acabou de editar as perguntas, surgiu um problema: qual seria o título e quem deveria assinar a obra? Como não se considerava autor, e sim um organizador, deu o nome óbvio: O Livro dos Espíritos. Mas alguém precisava assiná-lo. “Rivail consultou os espíritos e uma entidade deu a ele o nome de Allan Kardec, porque esse tinha sido o nome que ele teve numa vida passada, como um sacerdote druida.” Assim surgiu o nome do pai do espiritismo.
Em 18 de abril de 1857, os primeiros exemplares sairiam da Tipografia de Beau, em Saint-Germain-en-Laye, cidade vizinha a Paris. O livro rapidamente correu o mundo e criou polêmica, provocando protestos de padres e cientistas céticos, mas atraindo a atenção de outros médiuns, que entraram em contato com Kardec. O pai do espiritismo viu que seu trabalho ainda não estava terminado. Eram tantas novas revelações que ele decidiu revisar mais uma vez e estender o livro. A 2ª edição, definitiva, contém 1 019 perguntas. A última delas é “O reino do bem poderá um dia realizar-se na Terra?” Parte da resposta é: “O bem reinará na Terra quando, entre os espíritos que vêm habitá-la, os bons predominarem sobre os maus; então eles farão reinar na Terra o amor e a justiça, que são a fonte do bem e da felicidade”. 

REVISTA ÉPOCA: Os Avanços da Ciência da Alma

REVISTA ÉPOCA - 19/11/2012

Uma pesquisa inédita usa equipamentos de última geração para investigar o cérebro dos médiuns durante o transe. As conclusões surpreendem: ele funciona de modo diferente

POR DENISE PARANÁ, DA FILADÉLFIA, ESTADOS UNIDOS 
* Denise Paraná é jornalista, doutora em ciências humanas pela Universidade de São Paulo e pós-doutora, como visiting scholar, pela Universidade de Cambridge, Inglaterra 

MEDIUNIDADE SOB INVESTIGAÇÃO Uma médium brasileira psicografa no laboratório do Hospital da Universidade da Pensilvânia (Foto: Denise Paraná/ÉPOCA)
Estávamos no mês de julho de 2008. Na Rua 34 da cidade da Filadélfia, nos Estados Unidos, num quarto do Hotel Penn Tower, um grupo seleto de pesquisadores e médiuns preparava-se para algo inédito. Durante dez dias, dez médiuns brasileiros se colocariam à disposição de uma equipe de cientistas do Brasil e dos EUA, que usaria as mais modernas técnicas científicas para investigar a controversa experiência de comunicação com os mortos. Eram médiuns psicógrafos, pessoas que se identificavam como capazes de receber mensagens escritas ditadas por espíritos, seres situados além da palpável matéria que a ciência tão bem reconhece. O cérebro dos médiuns seria vasculhado por equipamentos de alta tecnologia durante o transe mediúnico e fora dele. Os resultados seriam comparados. Como jornalista, fui convidada a acompanhar o experimento. Estava ali, cercada de um grupo de pessoas que acreditam ser capazes de construir pontes com o mundo invisível. Seriam eles, de fato, capazes de tal engenharia?
A produção de exames de neuroimagem (conhecidos como tomografia por emissão de pósitrons) com médiuns psicógrafos em transe é uma experiência pioneira no mundo. Os cientistas Julio Peres, Alexander Moreira-Almeida, Leonardo Caixeta, Frederico Leão e Andrew Newberg, responsáveis pela pesquisa, garantiam o uso de critérios rigorosamente científicos. Punham em jogo o peso e o aval de suas instituições. Eles pertencem às faculdades de medicina da Universidade de São Paulo, da Universidade Federal de Juiz de Fora, da Universidade Federal de Goiás e da Universidade da Pensilvânia, na Filadélfia. Principal autor do estudo, o psicólogo clínico e neurocientista Julio Peres, pesquisador do Programa de Saúde, Espiritualidade e Religiosidade (Proser), do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP, acalentava a ideia de que a experiência espiritual pudesse ser estudada por meio da neuroimagem.
Pela primeira vez, o cérebro dos médiuns foi investigado com os recursos modernos da neurociência 
Em frente ao Q.G. dos médiuns no Hotel Penn Tower, o laboratório de pesquisas do Hospital da Universidade da Pensilvânia estava pronto. Lá, o cientista Andrew Newberg e sua equipe aguardavam ansiosos. Médico, diretor de Pesquisa do Jefferson-Myrna Brind Centro de Medicina Integrativa e especialista em neuroimagem de experiências religiosas, Newberg é autor de vários livros, com títulos como Biologia da crença ePrincípios de neuroteologia. Suas pesquisas são consideradas uma referência mundial na área. Ele acabou por se tornar figura recorrente nos documentários que tratam de ciência e religião. Meses antes, Newberg escrevera da Universidade da Pensilvânia ao consulado dos EUA, em São Paulo, pedindo que facilitasse a entrada dos médiuns em terras americanas. O consulado foi prestativo e organizou um arquivo especial com os nomes dos médiuns, classificando-o como “Protocolo Paranormal”.
“É conhecido o fato de experiências religiosas afetarem a atividade cerebral. Mas a resposta cerebral à mediunidade, a prática de supostamente estar em comunicação com ou sob o controle do espírito de uma pessoa morta, até então nunca tinha sido investigada”, diz Newberg. Os cientistas queriam investigar se havia alterações específicas na atividade cerebral durante a psicografia. Se houvesse, quais seriam? Os dez médiuns, quatro homens e seis mulheres, participavam do experimento voluntariamente. Foram selecionados no Brasil por meio de uma longa triagem. Entre os pré-requisitos, tinham de ser destros, saudáveis, não ter nenhum tipo de transtorno mental e não usar medicações psiquiátricas. Metade dos voluntários dizia carregar décadas de experiência no “intercâmbio espiritual”. Outros, menos experientes, apenas alguns anos.
Na Filadélfia, antes de a experiência começar, os médiuns passaram por uma fase de familiarização com os procedimentos e o ambiente do hospital onde seriam feitos os exames. O experimento só daria certo se os médiuns estivessem plenamente à vontade. Todos se perguntavam se o transe seria possível tão longe de casa, num hospital em que se podia perguntar se Dr. Gregory House, o personagem de ficção interpretado pelo ator inglês Hugh Laurie, não apareceria ali a qualquer momento.
Numa sala com aviso de perigo, alta radiação, começaram os exames. Por meio do método conhecido pela sigla Spect (Single Photon Emission Computed Tomography, ou Tomografia Computadorizada de Emissão de Fóton Único), mapeou-se a atividade do cérebro por meio do fluxo sanguíneo de cada um dos médiuns durante o transe da psicografia. Como tarefa de controle, o mesmo mapeamento foi realizado novamente, desta vez durante a escrita de um texto original de própria autoria do médium, uma redação sem transe e sem a “cola espiritual”. Os autores do estudo partiam da seguinte hipótese: uma vez que tanto a psicografia como as outras escritas dos médiuns são textos planejados e inteligíveis, as áreas do cérebro associadas à criatividade e ao planejamento seriam recrutadas igualmente nas duas condições. Mas não foi o que aconteceu. Quando o mapeamento cerebral das duas atividades foi comparado, os resultados causaram espanto.
Segundo a pesquisa, a mediunidade pode ser considerada uma manifestação saudável 
Surpreendentemente, durante a psicografia os cérebros ativaram menos as áreas relacionadas ao planejamento e à criatividade, embora tenham sido produzidos textos mais complexos do que aqueles escritos sem “interferência espiritual”. Para os cientistas, isso seria compatível com a hipótese que os médiuns defendem: a autoria das psicografias não seria deles, mas dos espíritos comunicantes. Os médiuns mais experientes tiveram menor atividade cerebral durante a psicografia, quando comparada à escrita dos outros textos. Isso ocorreu apesar de a estrutura narrativa ser mais complexa nas psicografias que nos outros textos, no que diz respeito a questões gramaticais, como o uso de sujeito, verbo, predicado, capacidade de produzir texto legível, compreensível etc.
Apesar de haver várias semelhanças entre a ativação cerebral dos médiuns estudados e pacientes esquizofrênicos, os resultados deixaram claro também que aqueles voluntários não tinham esquizofrenia ou qualquer outra doença mental. Os cientistas afirmam que a descoberta de ativação da mesma área cerebral sublinha a importância de mais pesquisas para distinguir entre a dissociação (processo em que as ações e os comportamentos fogem da consciência) patológica e não patológica. Entre o que é e o que não é doença, quando alguém se diz tocado por outra entidade. Os médiuns estudados relataram ilusões aparentes, alucinações auditivas, alterações de personalidade e, ainda assim, foram capazes de usar suas experiências mediúnicas para tentar ajudar os outros. Pode haver, portanto, formas saudáveis de dissociação. Uma das conclusões a que os cientistas chegaram é que a mediunidade envolve um tipo de dissociação não patológica, ou não doentia. A mediunidade pode ser uma expressão comum à natureza humana. Essas conclusões, que ÉPOCA antecipa na edição que chegou às bancas na sexta-feira (16), foram divulgadas na revista científica americana Plos One. O estudoNeuroimagem durante o estado de transe: uma contribuição ao estudo da dissociação tem acesso gratuito desde sexta-feira, dia 16, no endereço eletrônico: dx.plos.org/10.1371/journal.pone.0049360.
EXPERIÊNCIA 1. Q.G. dos médiuns em quarto do Hotel Penn Tower, na Pensilvânia 2. Médium recebe marcador radioativo para captar a atividade cerebral durante o transe 3. Escaneamento cerebral por meio da técnica de tomografia computadorizada com emissão de  (Foto: Denise Paraná/ÉPOCA)
EXPERIÊNCIA
1. Q.G. dos médiuns em quarto do Hotel Penn Tower, na Pensilvânia
2. Médium recebe marcador radioativo para captar a atividade cerebral durante o transe
3. Escaneamento cerebral por meio da técnica de tomografia computadorizada com emissão de de fóton único
4. Checagem final para garantir a qualidade do experimento, feita num pequeno laboratório 5. Análise das primeiras imagens cerebrais capturadas pelos cientistas Julio Peres e Andrew Newberg 
(Fotos: Denise Paraná/ÉPOCA)
O maior de todos os psicógrafos
Naquele verão, na Filadélfia, os dez médiuns produziram psicografias espelhadas – escritas de trás para a frente –, redigiram em línguas que não dominavam bem, descreveram corretamente ancestrais dos cientistas que os próprios pesquisadores diziam desconhecer, entre outras tantas histórias. Convivendo com eles naquele experimento, colhendo suas histórias, ouvindo os dramas e prazeres de viver entre dois mundos, encontrei diferentes biografias. Todos eles compartilham, porém, a crença de que aquilo que veem e ouvem é, de fato, algo real. Outro ponto em comum: todos nutriam enorme respeito por Chico Xavier, considerado o modelo de excelência da prática psicográfica.
Mineiro de família pobre, fala mansa e sorriso tímido, Chico Xavier recebeu apenas o ensino básico. Isso não o impediu de publicar mais de 400 livros, alguns em dez idiomas diferentes, cobrindo variados gêneros literários e amplas áreas do conhecimento. Ao final da vida, vendera cerca de 40 milhões de exemplares, cujos direitos autorais foram doados. Psicografou por sete décadas. Nenhum tipo de fraude foi comprovada. Isso não significa que seus feitos mediúnicos sejam absoluta unanimidade. Há controvérsias. O pesquisador Alexandre Caroli Rocha, doutor em teoria e história literária pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), chegou a conclusões que parecem favorecer a hipótese de que Chico fosse mesmo uma grande e sintonizada antena. Em seu mestrado, ele analisou o primeiro livro publicado pelo médium, Parnaso de além-túmulo, que trazia 259 poemas atribuídos a 83 autores já mortos.
Seu estudo considerou os aspectos estilísticos, formais e interpretativos dos poemas e concluiu que a antologia não era um produto de imitação literária simples. Rocha descobriu, por exemplo, que Guerra Junqueiro (1850-1923), um dos autores mortos, assinava a continuação de um poema inacabado em vida. Não havia indício de que Chico tivesse tido acesso ao poema antes de psicografar sua continuação. No doutorado, Rocha concluiu que Chico reproduzia perfeitamente o estilo do popular escritor Humberto de Campos (1886-1934). Nos textos que saíam da ponta de seu lápis havia, segundo Rocha, um estilo intrincado e sofisticado, detectável apenas por aqueles que conhecem bem como Humberto de Campos funciona. Muitos dos textos atribuídos a Campos continham informações que estavam fora do domínio público. Encerradas num diário secreto, tais informações só foram reveladas 20 anos depois da morte de Campos e do início da produção mediúnica de Chico.
Cérebro mediúnico (Foto: Reprodução/Revista ÉPOCA)
A ciência pode desvendar a natureza da alma? “Se eu pudesse recomeçar minha vida, deixaria de lado tudo o que fiz, para estudar a paranormalidade.” Essa confissão de Sigmund Freud a seu biógrafo oficial, Ernest Jones, marca um dos capítulos pouco conhecidos da história do pensamento humano. Pouca gente sabe também que muitas das teorias reconhecidas hoje pela ciência sobre o inconsciente e a histeria baseiam-se em trabalhos de pesquisadores que se dedicaram ao estudo da mediunidade. Talvez menos gente saiba que Marie Curie, a primeira cientista a ganhar dois prêmios Nobel, e seu marido, Pierre Curie, também Nobel, dedicaram espaço em suas atribuladas agendas ao estudo de médiuns. No Instituto de Metapsíquica em Paris, no início do século passado, Madame Curie inquiriu com seus assombrados olhos azuis a médium de efeitos físicos Eusapia Palladino. O casal Curie supôs que os segredos da radioatividade poderiam ser revelados por meio de uma fonte de energia espiritual. Quem seria capaz de imaginar isso hoje?
Outros cientistas laureados com o Nobel consagraram parte de sua vida buscando respostas para os mistérios da alma e a possibilidade de comunicação com os mortos. Pesquisas que hoje seriam consideradas assombrosas, como materialização de espíritos, movimentação de objetos à distância, levitação etc., foram realizadas na passagem entre os séculos XIX e XX. Houve forte oposição materialista. Experimentos frustrados e a comprovação de fraude de alguns médiuns lançaram um manto de ceticismo e silêncio sobre o tema. Essa linha de pesquisa entrou em crise. Experimentos com mediunidade aos poucos se tornaram uma mácula nos currículos oficiais dos eminentes cientistas. E a ciência moderna acabou por condenar ao esquecimento inúmeras pesquisas científicas sobre o assunto, algumas rigorosas. Enquanto o cinema, a TV e a literatura cada vez se apropriam mais das questões do espírito, a ciência dominante tem torcido o nariz e deixado essas reflexões fora de seu campo.
A questão tem sido esquecida, mas não totalmente. Apesar de ainda tímidas, pesquisas científicas sobre comunicações mediúnicas, como a da Filadélfia, têm sido realizadas recentemente. Basicamente, encontraram que, além de fenômenos que revelam fraude proposital ou inconsciente do médium, há muito a explicar. Muita coisa não cabe dentro do discurso que prevalece hoje na ciência. Pesquisadores da área acreditam que a telepatia do médium com o consciente ou o inconsciente daquele que deseja uma comunicação espiritual não explica psicografias nas quais se revelam informações desconhecidas das pessoas que o procuram.
A mensagem
Para os céticosA ciência precisa investigar a sério a hipótese da comunicação entre médiuns e mortos
Para os crentes
Essa hipótese ainda precisa passar por mais investigações para ser comprovada  
 Muitas informações fornecidas por médiuns, dizem eles, se confirmaram verdadeiras só mais tarde, após pesquisa sobre o morto. Como pensar então em telepatia se só o morto detinha as informações? Seria possível a ideia de comunicação direta com os mortos? Alguns cientistas que estudam as percepções mediúnicas discordam dessa hipótese. Acreditam que é possível não haver limite de espaço e tempo para percepções mediúnicas. O médium poderia andar para a frente e para trás no tempo e no espaço, coletando as informações que desejasse, quando e onde elas estivessem. Num fenômeno em que comprovadamente não houvesse fraude ou sugestão inconsciente, sobrariam apenas duas hipóteses: ou haveria a capacidade do médium de captar informações em outro espaço e tempo; ou existiria mesmo a capacidade de comunicação entre o médium e o espírito de um morto.
O QUE É MATÉRIA E O QUE NÃO É? Da esquerda para a direita, os cientistas Alexander Moreira-Almeida, Júlio Peres e Andrew Newberg discutem os exames em 2008. O artigo final com todos os achados só foi publicado quatro anos depois (Foto: Denise Paraná/ÉPOCA)
O QUE É MATÉRIA E O QUE NÃO É?
Da esquerda para a direita, os cientistas Alexander Moreira-Almeida, Júlio Peres e Andrew Newberg discutem os exames em 2008. O artigo final com todos os achados só foi publicado quatro anos depois (Foto: Denise Paraná/ÉPOCA)
Atuais referências no estudo científico de fenômenos tidos como espirituais, cientistas como Robert Cloninger, Mario Beauregard, Erlendur Haraldsson, Stuart Hameroff e Peter Fenwick aplaudem a iniciativa de Julio Peres em seu estudo. Esse neurocientista brasileiro, que tem colhido apoio em seus pares, afirma que seus achados “compõem um conjunto de dados interessantes para a compreensão da mente e merecem futuras investigações, tanto em termos de replicação como de hipóteses explicativas”. Outro coautor do estudo, o psiquiatra Frederico Camelo Leão, coordenador do Proser, defende mais estudos acerca das experiências tidas como espirituais. “O impacto das pesquisas despertará a comunidade científica para como esse desafio tem sido negligenciado”, diz.
O pesquisador Alexander Moreira-Almeida, coautor do estudo e diretor do Núcleo de Pesquisas em Espiritualidade e Saúde (Nupes), da Universidade Federal de Juiz de Fora, é o principal responsável por colocar o Brasil em destaque nessa área no cenário internacional. Moreira-Almeida recebeu o Prêmio Top Ten Cited, como o primeiro autor do artigo mais citado na Revista Brasileira de Psiquiatria, com Francisco Lotufo Neto e Harold G Koenig. É editor do livroExploring frontiers of the mind-brain relantionship(Explorando as fronteiras da relação mente-cérebro, em tradução livre), pela reputada editora científica Springer.
Ele afirma que a alma, ou como prefere dizer, a personalidade ou a mente, está intimamente ligada ao cérebro, mas pode ser algo além dele. Para esse psiquiatra fluminense, pesquisas sobre experiências espirituais, como a mediunidade, são importantes para entendermos a mente e testarmos a hipótese materialista de que a personalidade seja um simples produto do cérebro. Moreira-Almeida lembra que Galileu e Darwin só puderam revolucionar a ciência porque passaram a analisar fenômenos que antes não eram considerados. “O materialismo é uma hipótese, não é ainda um fato cientificamente comprovado, como muitos acreditam”, diz Moreira-Almeida.
Apesar de todos os avanços da ciência materialista, a humanidade continua aceitando as dimensões espirituais. Dados do World Values Survey revelam que a maioria da população mundial acredita na vida após a morte. Em todo o planeta, um número expressivo de pessoas declara ter se sentido em contato com mortos: são 24% dos franceses, 34% dos italianos, 26% dos britânicos, 30% dos americanos e 28% dos alemães. Não há dúvida de que o materialismo científico foi instrumento de enorme progresso para a humanidade. A dúvida é se ele, sozinho, seria capaz de explicar toda a experiência humana. Para a maioria da população, a visão materialista parece deixar um vazio atrás de si. Na busca de respostas para nossas principais questões, muitos assinariam embaixo da frase de Albert Einstein: o homem que não tem os olhos abertos para o mistério passará pela vida sem ver nada.

PSICOLOGIA: A CRISE EM GRUPOS


Por Miréia Maria Joau de Carvalho
Psicóloga Clínica – abordagens: Psicanálise Reichiana, Bioenergética, Biossíntese, Biointegrativa e Ayurveda.


No campo da Psicologia, o conceito de crise é explicado como toda a situação de mudança em nível biológico, psicológico ou social, que exige da pessoa ou de um grupo, um esforço suplementar para manter o equilíbrio ou estabilidade emocional. Corresponde a momentos da vida de uma pessoa ou de um grupo em que há ruptura na sua homeostase psíquica e perda ou mudança dos elementos estabilizadores habituais, os quais cada participante elabora individualmente e/ou coletivamente.
A crise pode ser definida como uma fase de perda, ou uma fase de substituições rápidas, a chegada do novo, que coloca em questão o equilíbrio da pessoa. Torna-se, então, muito importante a atitude e comportamento das pessoas em face de momentos como este. É fundamental a forma como os componentes da crise são vividos, elaborados e utilizados subjetivamente.
A evolução da crise pode ser benéfica ou maléfica, dependendo de fatores que podem ser tanto externos (intolerância, rigidez, falta de comunicação, hostilidades), como internos (fantasias, sombra, projeções e transferências). Toda crise conduz necessariamente a um aumento da vulnerabilidade psicológica. Mas nem toda crise é necessariamente um momento de risco. Pode, eventualmente, evoluir negativamente quando os recursos pessoais estão diminuídos e a intensidade do estresse vivenciado pela pessoa ultrapassa a sua capacidade de adaptação e de reação no e ao grupo.
Mas a crise é vista, de igual modo, como uma ocasião de crescimento. A evolução favorável de uma crise conduz a um desenvolvimento, à criação de novos equilíbrios, ao reforço da pessoa e do grupo na capacidade de reação a situações menos agradáveis e a mudança. Todas as ocorrências que acontecem em um grupo têm como objetivo a mudança - (individual e coletiva). A mudança é o objetivo primordial de todo grupo operativo.
Assim sendo, a crise evolui no sentido da regressão, quando a pessoa ou o grupo não conseguem ultrapassar as barreiras psicológicas, ou no sentido do desenvolvimento, quando a crise é favorável e é vivida como experiência. Este é um movimento dialético (tese-antítese-síntese), que colabora na estruturação – desestruturação e reestruturação.
O momento de crise é caracterizado por desestruturação. O que eu pensava que sabia, não sei mais; o que eu achava que entendia,não entendo mais; o que eu achava que poderia controlar, já não consigo controlar mais; o que eu imaginava que não sentiria, me faz sentir e sofrer. É um momento de checagem do que possuo, e do que posso transformar. É como se estivéssemos diante de uma encruzilhada e nos perguntássemos qual o rumo a escolher?
Neste momento, os valores e experiências são repensados e questionados podendo possibilitar uma mudança ou uma paralisação. O sentimento sempre é de fuga, como não conseguíssemos conviver com ninguém do grupo. Sintomas como: faltar às atividades, não terminar um trabalho ou até sair no meio de uma vivência nos mostra o sofrimento e a angústia refletidos na resistência que impede a mudança do velho para o novo.
O nosso comportamento deve nos permitir desafios, aventuras e persistência com uma atitude de eterno aprendiz. Uma história oriental ilustra bem isto: 
Certo sábio foi a uma reunião para ouvir O Mestre dos mestres, e, se dirigindo até ele foi de avental (este avental representava roupa de estudante). Todos os outros sábios se entreolharam espantados, e falaram que ele deveria tirar o avental, afinal ali era apenas um encontro de saberes. Ele respondeu: o avental é para eu nunca esquecer que sou um aprendiz.
Ser aprendiz é não ter medo de experimentar e experenciar ilimitadamente tudo que existe no mundo que está sendo representado no grupo, captar a sua essência das coisas e exprimi-la de alguma forma. Talvez isto possa aclarar o que seja um modelo de relação. Este experenciar implica em um jogo de emoções e afetos. Entrar em contato com estas emoções e afetos nem sempre nos é comum, haja vista não fomos educados para tal. Nos causa medo, ansiedade, angustia.
Entrar em contato com emoções e afetos que muitas vezes se antagonizam com novos modelos de pensar, sentir e agir nos traz sofrimento e rejeição. Pensem: não há transformação repentina. Afinal o amanhecer não acontece de repente, mas paulatinamente. Esse acontecimento que se dá com o nascer do sol, suas luzes, sombras, mudança de temperatura nos causam distintas sensações.
Desta forma, várias pessoas vão rompendo estas sensações no silêncio, vão problematizando e refletindo. Para uns, indícios de mudança, enquanto outros se comportam como porta vozes de insatisfações vividas em nível grupal. São as vozes que rompem o silêncio de muitas outras pessoas, e deixam fendas, ouvidos surdos, e vão penetrando gradativamente em seus interiores, até que possam destampar os ouvidos e olhos. São dores, gritos e pedidos de socorro: "não estou aguentando mais resistir".
Cada grupo, em função de seus fins, articula materialmente a experiência das pessoas. Estas experiências que para uns são reveladoras, para outros são dores profundas. 
O grupo sempre exerce pressão para conseguir uma uniformidade de rendimento entre os integrantes, o que pode inibir o investimento criativo e provocar resistência. É um momento de revelação das sombras, das projeções e das transferências, ora inconscientes, ora avassaladoras e pré-conscientes, mas que precisam que aconteçam para que os integrantes se vejam e se vejam no outro.
Importante na crise é não perdermos o sentido de trans-formar que significa formação contínua e co-partilhada entre os integrantes do grupo, propiciando o exercício nas atitudes de mudança. Não esquecer que a mudança e a resistência à mudança são pólos opostos do processo de transformação. Quando resisto sofro e quando sofro tenho que culpar alguém.
É um fazer que implica em trans-formação: movimento que vai além da ação de alguém sobre o outro, é um processo de estruturação permanente. É um movimento em que se articulam mudanças e resistências das próprias pessoas, entre elas, e delas com o fazer conjunto. 
A transformação supõe que as pessoas queiram juntas, enfrentar o novo, propondo-se a desenvolver capacidades inovadoras de envolver-se com a realidade para transformá-la. É um movimento que inclui o conhecido e o desconhecido, a progressão (entendimento e mudança) e regressão (crise e resistência), com os acertos e os equívocos.
Desta forma, a crise em um grupo não deve ser entendida como algo ruim, mas como uma forma de desenvolvimento onde o fazer conjunto comporta acertos e desacertos, articulações e desarticulações nas relações interpessoais. São situações de conflito na resolução de problemas que vão surgindo no grupo. A crise é própria do desenvolvimento humano, são crises evolutivas que nos permitem aprender novos modos de pensar, sentir e agir. As crises são também graves acontecimentos que rompem padrões tradicionais de comportamento. São momentos de instabilidade onde a ORDEM MAIOR deixa de existir e a NOVA ORDEM ainda não é suficiente clara para fornecer parâmetros de novos comportamentos. São distintos níveis afetados e ativando os mecanismos de mudança. 
Se os componentes do grupo se colocarem de maneira ativa e criativa, ao invés de impotentes e passivos, resgatarão sua história pessoal, grupal e institucional. Neste resgate fortalecerão a própria identidade, e sairão da crise o que implicará em MUDANÇAS, individuais e grupais. Não esqueçam que o maior corajoso é aquele que tem coragem de vencer a si mesmo.

Autor de novelas, Walcyr Carrasco lança livro com temática espírita

Por Marcio Maio/TV Press

A televisão sempre absorveu a maior parte do tempo de Walcyr Carrasco. Prova disso é que ele, que estreia hoje, 20 de maio, no horário nobre da Globo como autor de “Amor à Vida”, escreveu oito novelas originais nos últimos 13 anos, supervisionou “O Profeta” – em reprise atualmente no “Vale a Pena Ver de Novo” – e substituiu Benedito Ruy Barbosa quando este teve problemas de saúde em “Esperança”. E, curiosamente, foi justamente um compromisso de trabalho dos folhetins que culminou na publicação de “Juntos Para Sempre”, livro lançado recentemente por Walcyr.

Durante a primeira viagem que fez à África na pré-produção de “Caras & Bocas”, em 2008, um sonho formou a sinopse em sua cabeça, deixando-o determinado a transformar aquilo em romance. “A trama foi toda narrada para mim e me senti no dever de contá-la. Não tinha relação com nada que eu estava fazendo naquele período, mas não dava para deixar de lado”, lembra.

O livro é narrado sob a perspectiva do advogado Alan, profissional conceituado na faixa dos 40 anos que nunca se apaixonou. E tem muitas de suas noites de sono interrompidas por um sonho que se repete e remete a uma vida passada dele. Nas imagens, ele vê uma mulher sendo queimada viva e, impotente diante da execução, promete amá-la para sempre. Assim como alguns de seus trabalhos na tevê, como “Alma Gêmea” e “Sete Pecados”, Walcyr usa na história conceitos do espiritismo. “A minha forma de ver a vida está em todos os meus trabalhos. Certos valores vão aparecer sempre. Por exemplo, eu acredito em reencarnação, então meu livro fala sobre isso”, explica.

A obra foi escrita ao longo de um ano e o texto foi finalizado por Walcyr em novembro de 2012. O que significa que esse trabalho foi realizado simultaneamente à produção de “Gabriela”, folhetim que o autor adaptou do original “Gabriela, Cravo e Canela”, de Jorge Amado, para a faixa das 23 horas da Globo, com transmissão pela TV Diário. Mas, garante, não se dividiu de maneira matemática entre as duas obras, deixando que o próprio ritmo de trabalho determinasse qual seria priorizado em cada dia. “Fazer muitas coisas ao mesmo tempo é corrido, mas também dá um gás diferente. Particularmente, prefiro viver assim, quase perigosamente na profissão”, exagera.

7 Lições Ilustradas para Aprender com um Cão


Fonte: followthecolors.com.br
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De acordo com a série de ilustrações Lessons from a Dog do artista Patrick Moberg, a vida seria muito mais fácil se todos nós aprendêssemos algumas coisas com o comportamento dos cães. O artista diz: “Minha família nunca teve um cachorro quando eu era mais jovem, então eu nunca soube muito sobre eles. Mas, recentemente tenho observado um casal de cães que corre ao redor do escritório onde trabalho. E aqui estão algumas lições que consegui aprender.” Acreditamos que todo mundo pode aprender algo com o amor incondicional que os cães dão aos seus donos! Adoramos!
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“Dar e aceitar carinho, por livre, espontânea vontade e sempre.”
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“Quando alguém gentilmente preparar uma comida para você, devore sorrindo, como se aquela fosse a melhor refeição que você já comeu na vida”.
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“Seja sempre curioso sobre o mundo em sua volta, especialmente quando conhecer novas pessoas na sua vida”. followthecolours_PatrickMoberg5
“Tire cochilos”.
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“Perdoe os amigos que não tem tempo para brincar”.
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“Saia sempre da sua rotina”.

sábado, 11 de maio de 2013

SEEB APRESENTA: FORRÓ DO AMOR

Prepare sua roupa típica e venha curtir conosco mais este evento beneficente da SEEB, com direito a comidas e bebidas típicas do período junino:


Bhagavad Gita

O Bhagavad Gita é o mais importante livro sobre a filosofia e a espiritualidade da Índia. Nele, Sri Krishna dialoga com seu discípulo Guerreiro Arjuna, que está indeciso sobre lutar contra o exército inimigo, no qual se encontram familiares, amigos e mestres. O trecho a seguir é parte da fala de Krishna:


"Por  que você se preocupa sem motivo?
De quem você tem medo, sem razão?
Quem poderia matá-lo?
A alma não nasce nem morre.
Seja o que for que aconteceu, foi para o bem;
O que quer que esteja acontecendo, está acontecendo para o bem;
O que quer que virá a acontecer, também será somente para o bem.
Não sofra pelo passado.
Não se preocupe pelo futuro.
É o presente que está acontecendo agora...
O que é que você perdeu, que o faz chorar?
O que será que você trouxe consigo, que acha que perdeu?
O que será que você construiu, que acha que foi destruído?
Você não trouxe nada, seja o que for que você tenha, você recebeu daqui.
Seja o que for que você deu, você deu somente aqui.
O que quer que você pegou, você pegou de Deus.
O que quer que você deu, você deu a Ele.
Você chegou de mãos vazias, você retornará de mãos vazias.
O que é seu hoje, pertenceu a alguém ontem, e pertencerá a alguém depois de amanhã.
Você está desfrutando erroneamente do pensamento de que isto é seu.
A causa de seus sofrimentos é esta felicidade ilusória.
Mudança é a lei do Universo.
O que você acha que é morte, é certamente vida.
Num momento você pode ser um milionário e no outro poderá estar afundado na pobreza.
Seu e meu, grande e pequeno, apague estas idéias de sua mente.
Pois tudo é seu e você pertence ao Todo.
Este corpo não é seu e nem você é deste corpo.
O corpo é feito de fogo, água, terra e éter e um dia desaparecerá nestes elementos.
Porém a alma é eterna - então, quem é você?
Dedique seu ser a Deus.
Ele é o único em quem podemos confiar.
Aqueles que têm consciência de Seu amparo são eternamente livres de medo, preocupações e tristezas.
Qualquer coisa que você faça, faça-o dedicado a Deus.
Pois isto lhe proporcionará, para sempre, a enorme experiência da alegria e liberdade de viver".


É possível encontrar nessa passagem vários pontos em comum com a Filosofia Espírita. Essa é uma contribuição de nossa amiga Miréia!