quinta-feira, 27 de junho de 2019

VÍCIOS: ESCRAVIDÃO MODERNA


Pelo espírito Marta,
através do médium Marcel Mariano
Publicação autorizada


Numa análise sobre as modernas relações interpessoais, impossível não destacar o combate que as autoridades dão à chamada escravidão. Nenhuma cultura dita civilizada pactua mais com a submissão de um homem a outro homem, na condição análoga à de escravo, onde lhe faltem os direitos humanos mínimos, consagrados desde a Revolução Francesa e hoje plenamente insculpidos nas constituições e demais marcos legais.

O direito de ir e vir. Possuir uma propriedade e nela construir seu lar. Ter seus bens e a indisponibilidade da vida ante o ataque de terceiros.

Entretanto, se essa escravidão ancestral vem sendo dissolvida pelo tacão da lei e pelo avanço da cultura, o mesmo não se pode afirmar quanto às novas formas de servidão, engendradas pela fragilidade moral do Espírito reencarnado. A escravidão à pornografia. A submissão ao jogo degradante. O aprisionamento às drogas, ao álcool, ao tabaco destruidor. De modo geral, os vícios são formas de prisão livremente escolhida pelo encarcerado, que neles se atira e se compraz, não se dando conta da perda da liberdade a que se impõe.

É quando o prisioneiro escolhe o carcereiro que o manieta e vigia, implacável.

Jesus lutou contra todas as formas de escravidão, especialmente aquela derivada do ego em desequilíbrio, das paixões e do sentimento de posse, que acaba por possuir aquele que o nutre, alienando-o. Viveu e ensinou como construir a própria liberdade, sendo apenas escravo das Divinas Leis.

Fazes uma reflexão honesta se te situas hoje escravo de algum arrastamento pernicioso ou degradante e assume contigo mesmo o compromisso de lutar tenazmente por tua alforria. Verifica se o sentido de liberdade que tens é realmente aquele que te dota de asas para construir uma caminhada isenta de algemas, ou és apenas um viajante iludido, a caminhar vigiado por sicários cruéis de tua paz interior.

Descobrindo-te algemado, decreta tua lei áurea e rompe com a moderna senzala que te agrilhoa a vícios e paixões, arrastamentos e posses que não podes levar quando de tua partida deste orbe, ainda assinalado por tantos contrastes, onde a liberdade convive lado a lado com a escravidão, qual pássaro ansioso em romper as traves da gaiola que o impede de singrar livre o céu azul. Assume a ave que dormita em teu seio profundo e rompe as algemas, voando desalgemado das modernas escravidões.

Marta








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