sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Opinião: Divaldo x Medrado e bobagens que a turma fala

Por Alamar Regis Carvalho
Rede Visão

O nosso movimento espírita, em grande parte, não tem tido o melhor cuidado, a disposição de aplicar o bom senso e o raciocínio quando tem que falar sobre alguém, naquilo que escreve ou quando comenta com as pessoas, no ambiente da fofoca ou naquele que é muito comum entre as pessoas, que diz, mais ou menos assim:

“Olhe, não é querendo falar mal não, mas fulano anda fazendo isto e aquilo... anda falando isto e aquilo... me disseram que...”

Tudo isto em nosso movimento é feito “muito fraternalmente”, sem maldade nenhuma, muito pelo contrário, com muita “caridade”, já que amamos muito os nossos confrades.

Conforme todos nós sabemos, o amor entre os espíritas é algo tão notável, para morador do ministério da União Divina nenhum botar defeito.

Nos tempos iniciais do Espiritismo, ainda na França, alguns trabalhadores do iniciante movimento espírita inventaram que Kardec estava vaidoso, estava querendo aparecer e, o que é pior, ganhando dinheiro às custas do Espiritismo, já que vendia livros que foram mandados imprimir em gráfica comdinheiro do bolso dele.

Vejam bem, vou repetir: Os livros eram impressos com dinheiro dele e não do movimento.

No início da década de sessenta, conforme está registrado na história do Espiritismo no Brasil, um grupo de espíritas, altamente defensor da “pureza” doutrinária, resolveu estabelecer uma ideia absolutamente maluca e sem sentido, que estabelecia uma suposta competição entre Divaldo Franco e Chico Xavier, que passaram a ser vistos, por essas mentes perturbadas, como concorrentes, mais ou menos como se fossem Vasco x Flamengo, Corinthians x Palmeiras, Grêmio x Internacional etc...

Daí surgiram ódios, boatos, mentiras, fraudes, difamação e até tentativa de destruição do nome de Divaldo, em abrangência nacional, através do Fantástico, da Rede Globo, em demonstrações de que a Fraternidade e a Honestidade, tanto pregadas nos centros, devem ser exercidas apenas em teoria, sem qualquer necessidade de ser praticada e vivenciada.

Outros chegaram e inventar que Divaldo não gostava do Raul Teixeira, e vice-versa. Engraçado é que a relação entre eles sempre foi a mais carinhosa possível, Raul sempre foi recebido com tapete vermelho quando foi à Mansão do Caminho e o Di, também, sempre foi tratado por ele com todo carinho que merece, quando em visita a Niterói.

Depois que o Chico desencarnou, começaram a incrementar a infeliz idéia de que Divaldo não suporta Medrado e que Medrado também não gosta dele, o que não era novidade, porque já haviam inventado isto antes.

Há muito tempo, quando em visita a diversas cidades e em participação em eventos, eu sempre encontrei amigos, leitores e telespectadores, que me perguntavam porquê Divaldo e Medrado não se suportavam.

Repetidamente tive que informar que se tratava de boato de quem não tem o que fazer e que vive tentando jogar de encontro os grandes realizadores.

Não vamos muito longe, consta que a indústria da fofoca do meio artístico criou uma irracional rivalidade entre as cantoras baianas, Ivete Sangalo e Claudinha Leite, inventando ofensas que uma teria dito contra a outra... O pior é que, parece, que ambas se deixaram levar por esse sensacionalismo ridículo e terminaram ficando mesmo estremecidas e com relação difícil.

Acontece que, no caso de Medrado e Divaldo, já que ambos são “macacos velhos” e “gatos escaldados” em relação a essas coisas, eles não se deixam envolver por essas infelizes criatividades dos obsessores encarnados e até evitam de comentar esse tipo de assunto.

Em dezembro de 2001 eu tive a oportunidade de fazer um dos meus programas, “Espiritismo via Satélite”, diretamente de Salvador, com a presença dos dois, e o que o povo do Brasil inteiro viu foi muito carinho, de ambas as partes: Medrado se dirigindo ao Divaldo como um filho reconhecendo as orientações de um pai amoroso e experiente e o Di, por sua vez, tratando-o como aquele filho querido, que representava o jovem estilo da comunicação espírita, com muita alegria. O programa está aí sendo re-exibido pela TV CEI e todo mundo pode ver o que existe, de realidade. Inclusive eu tenho este programa em DVD, que é um dos mais vendidos junto ao público que gosta de mim.

Gente! Divaldo Franco é um homem de valores morais REAIS e não apenas teatralizados para entusiasmar platéias. Ele é uma pessoa honesta, digna, decente e verdadeiramente possuidora de uma conduta conforme a doutrina espírita ensina a todos nós, além de ser uma pessoa extremamente amiga, bem humorada, de bem com a vida e não se dispõe, em momento algum, a falar mal de quem quer que seja. Mas tem uma coisa: Sabe ser enérgico, também, quando necessário, diante de qualquer tentativa de alguém que tenta aplicar-lhe armadilhas, a fim de respaldar fofocas e intrigas. Se alguém tentar fazê-lo confirmar, sobretudo em público, coisas que ele não disse, ele, com certeza, vai dizer, na cara desse alguém, na frente de todo mundo: “Isto não é verdade, eu nunca afirmei isto e você está equivocado”. Não vá pensar que ele vai ficar praticando humildadezinha fajuta, que ele não vai. Aliás, isto é muito bom, para ver se algumas pessoas acordem e parem com as palhaçadas de tirarem conclusões com base em “disse-me-disse”. Numa linguagem bem Alamar: pra ver se muita gente toma vergonha na cara.

Medrado, por sua vez, também não está para agradar ninguém, sob “peninha” de deixar a pessoa em situação difícil. É homem digno, também, é honesto, é consciente do seu dever e sabe muito bem o que está fazendo. Funcionário público eficiente, no cargo que ocupa como Diretor do Tribunal do Trabalho, na Bahia, não tem rabo preso com ninguém.

Posso garantir a todos que as portas da Mansão do Caminho sempre estiveram e sempre estarão abertas ao Medrado, que sempre será recebido com carinho, a hora que quiser ir lá; da mesma forma que as portas da Cidade da Luz, também, sempre estiveram e estarão abertas ao Di, com todo carinho e honra. Inclusive a mais linda praça da Cidade da Luz tem o nome da Joanna de Angelis, numa homenagem carinhosa à mentora do maior divulgador espírita de todos os tempos.

Aliás, é bom que as portas da Cidade da Luz estejam bem abertas, principalmente pra mim, porque ali tem uma feijoada pra ninguém botar defeito, todo primeiro domingo de cada mês e Medrado não é nem besta de fechá-las, pra mim, obviamente. Sei que Divaldo é chegado também a um feijãozinho bem temperado, com uma pimentinha.

Simplesmente ambos têm estilos de comunicação diferentes e devem ser respeitados.

Medrado, que também utilizou-se, durante muito tempo, do estilo tradicional de fazer palestra espírita, resolveu mudar, assim como os meios de comunicação mudam, e passou a adotar um estilo que podemos chamar de “palestra show”.

A expressão “show” talvez assuste a alguns, que definem o Espiritismo sério necessariamente como expositores se apresentando de caras fechadas, vestidos com roupas em cores sóbrias, falando manso, desejando muita paz pra todo mundo e dizendo que está melhor do que merece. Mas quem é que, em perfeito estado de lucidez e bom senso, pode querer condenar a manifestação de alguém, em forma de show?

Exemplifiquemos o cantor Roberto Carlos, que faz os seus shows que emocionam a tanta gente, que faz tantos quarentões, cinqüentões e até sessentões voltarem no tempo e relembrarem os seus tempos de namoros, escutando as suas músicas. Quem é que não se sente bem diante de um show do Roberto? O IBOPE da Globo aponta a gigantesca audiência que ele se traduz, principalmente entre as pessoas mais adultas.

É condenável a audiência de um show?
Por que a mensagem Espírita não pode, também, ser passada em forma de show?
Por que alguns vêem pecado nisto?

Não faz o estilo do Divaldo colocar em suas palestras a música do Zeca Pagodinho, por exemplo, e fazer sacudir a platéia com o popular ritmo. Na estrutura corporal e na idade dele não ficaria bem adequado, mas na de Medrado cabe, sim, sem qualquer problema, considerando que as músicas do conhecido cantor, bem como de outros interpretes da música popular brasileira, são escolhidas com o maior cuidado, considerando o conteúdo das suas letras.

Quem se dá ao cuidado de analisar, cuidadosamente, o estilo Medrado, sem o “fraterno” preconceito, vai observar que as letras das músicas colocadas por ele sempre trazem alguma mensagem que faz com que as pessoas reflitam, de alguma forma, em suas maneiras de viver.

Ou será que música popular, necessariamente, se traduz em manifestações do pecado, por mais que o seu conteúdo seja edificante?

Agora, se o espírita é daquele tipo, cujo nível de inteligência admite tirar conclusões sobre pessoas, com base em disse-me-disse, aí nem com “reza braba” tem jeito.

O Espiritismo surgiu com proposta racional, mas daí a entender que todo participante do movimento espírita é racional, tem uma diferença muito grande.

Só que a racionalidade não é um bem tão complicado de todas as pessoas adquirirem, não exige anos de estudos em universidades e não exige mestrado ou doutorado, basta exercício mental, aplicação da lógica, disposição para pensar, pesquisar e checar antes de julgar, ter disposição para consultar sempre que possível mais de uma fonte e independência de pensamento.

Juntando tudo isto com honestidade, para consigo mesmo, e o mínimo de vergonha na cara, varrendo todo o lixo da falsa humildade e da hipocrisia, todo espírita estará quite com a doutrina, neste aspecto.

Zé Medrado e Divaldo são dois amores, a serviço da divulgação do bem, que todos nós devemos amar, incentivar, pedir a Deus que dê a ambos muita saúde, para continuarem a fazer milhares e milhões de pessoas felizes por este mundo a fora.

Quando nós proferimos as nossas palestras e qualquer trabalho no centro, fazendo citações de diversas questões de “O Livro dos Espíritos”, com suas diversas numerações, quando citamos até números de páginas de “Evolução em Dois Mundos”, “No Invisível”... e qualquer outra obra espírita, estaremos apenas demonstrando conhecimento teórico, porque o conhecimento prático do Espiritismo só é demonstrado quando nós, de fato, amamos o nosso próximo, inclusive os confrades do nosso movimento.

Vejam agora o que Medrado escreveu, com carinho, sobre o nosso querido Di, em sua coluna semanal do jornal A TARDE, de Salvador, coluna esta que eu tive a honra de ser o seu fundador:

(Coluna Religião, assinada por José Medrado)
O presidente do Tribunal Regional do Trabalho da Quinta Região, de quem tenho a honra de ser amigo pessoal, Dr. Paulino Couto, de sua cota pessoal como mandatário maior da Justiça do Trabalho na Bahia, outorgou a Divaldo Franco a Comenda do Mérito Judiciário Trabalhista da Bahia. Essa homenagem guarda um especial e pessoal sabor para mim, já desfrutado com Divaldo Franco, pois pude defender tal indicação, na Casa que sirvo, concursado que sou, por mais de 28 anos.
Seguramente, haverei de ser um dos primeiros a guardar uma foto deste dia memorável, para todos os espíritas servidores da Justiça do Trabalho, e a mim, permitam-me, em especial.
A história de Divaldo já foi contada e recontada muitas vezes, mas ainda guarda um grande manancial de conteúdo a ser dividido com o público, pois a sua trajetória de líder espírita traz inacreditáveis capítulos de ações em defesa de seus ideais e crenças.
Imagino as lutas que Divaldo teve que travar em diversos momentos de sua trajetória, principalmente quando iniciou, época em que o Espiritismo não tinha o respeito e até a admiração que guarda hoje. Tenho sido, talvez por ser da terra dele, o destinatário de muitos casos e vivência de sua caminhada, que servem para reflexões de vida.
O Espiritismo tem se emancipado muito, tornando-se, hoje, uma referência de ação social, de cultivo da paz. Vemos, inclusive por iniciativa de Divaldo, que até um espírita, o inesquecível Chico Xavier, teve milhares de assinaturas em prol da sua candidatura ao prêmio Nobel da Paz. Certamente, o caráter político da premiação não o fez vitorioso. Todavia, ficou registrada a movimentação.
A transformação do Espiritismo ecoa por toda parte. Guardo o orgulho, por exemplo, de ser um dos primeiros a trazer a alegria às palestras espíritas, a música popular para dentro dos centros. É natural, como todo o novo, houve resistência, disseram que brinco nas palestras, que as músicas eram de barzinho, mas a verdade, no entanto, é que hoje-em-dia poucos são os Centros que não tocam música popular, inclusive em grandes eventos, ou palestrantes que não fazem as suas graças em suas exposições. E, assim, vão se esquadrinhando os caminhos, as lutas.
No século XXI, os desafios continuam grandes para o movimento espírita, talvez o maior de todos seja a sua popularização através das ferramentas da tecnologia disponível. O objetivo não é fazer proselitismo, nem criar ilusões, mas oferecer aos interessados uma porta de acesso mais à mão, um instrumento a mais para as explicações dos processos da vida.
Continuo guardando grandes expectativas, a propósito, do recém-empossado presidente da FEEB, André Peixinho, inclusive como ele é também articulista desta coluna, segue a sugestão de passar a nos falar de suas idéias, frente à Federação, para a sua gestão, fazendo, assim, com que nós, os centro espíritas filiados a essa instituição que deve ser representativa dos espíritas baianos, tenhamos a informação de ação de gestão democratizada, e não apenas informada.
José Medrado é fundador e presidente da Cidade da Luz




Carinhosamente.

Abração, Gente!



Alamar Régis Carvalho

alamar@redevisao.net

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Alamar Régis Carvalho - Analista de Sistemas - E-mail: alamar@redevisao.net orkut: "alamarregis" www.redevisao.net

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Enquanto isso nas bancas: Superinteressante deste mês


[ATUALIZADO] O artigo não é ruim, mas também não é dos melhores que a revista já publicou. Um pouco superficial demais, sem ir muito a fundo na questão da investigação do espírito. A propósito, o termo "ciência espírita" é colocado de uma forma a chamar a atenção, como se o termo espírita englobasse tudo relativo ao espiritual. A verdadeira ciência espírita não procura provas da existência do espírito, já que o espírita sabe que o espírito existe.

R.I.E.:O Filme dos Espíritos surge determinado

Orson Peter Carrara - orsonpeter92@gmail.com
Revista Internacional de Espiritismo


Produção homenageia O Livro dos Espíritos e o próprio Codificador Allan Kardec em mês particularmente ligado ao Professor Rivail

Valorizando ensinos de O Livro dos Espíritos para o grande público, por meio do cinema, com distribuição pela Paris Filmes e estreia marcada para o dia 7 de outubro próximo em quase 100 salas de exibição – nas principais capitais e grandes cidades do país –, o filme traz trilha sonora especialmente selecionada e espera alcançar o público pela emoção como forma de traduzir os conceitos da obra que deu origem à Doutrina Espírita. André Marouço, o diretor do filme, é jornalista, radialista, cineasta e formado em Marketing pela Universidade Paulista. Nasceu e reside na capital paulista, contando mais de 20 anos de experiências com passagens por diferentes emissoras de TV.

RIE – Por que o nome O Filme dos Espíritos?

André Marouço – O nome do filme surgiu quase como que uma imposição, uma vez que o filme era inspirado em O Livro dos Espíritos, explicando em formato de ficção o conteúdo do livro. A primeira etapa do filme foi a produção de curtametragens que explicavam 8 capítulos da obra mater espírita. A segunda etapa seria o filme de longametragem propriamente dito, este com a incumbência de reunir trechos dos curtametragens formando uma peça única. Assim, desde o início, o filme foi colaborativo, escrito por um roteirista principal, eu, e outros tantos que escreveram pequenos trechos.

RIE – Sendo uma referência direta ao O Livro dos Espíritos, como surgiu a ideia de produzi-lo?

André – O Eduardo Dubal, companheiro da Fundação Espírita André Luiz, estava fazendo um curso de cinema e trouxe-nos a ideia a partir de sua experiência por lá. Segundo ele, muitas vezes os jovens que faziam esses cursos acabavam por produzir peças cinematográficas pouco construtivas, filmes que falavam de sexualidade de maneira irresponsável, filmes que exploravam drogas, álcool e até suicídio de forma poética. A ideia do Eduardo era que chamássemos jovens cineastas para a produção de peças espíritas de curtametragem. Assim foi nascendo o projeto.

RIE – O roteiro da produção está centrado numa única história ou são vários episódios reunidos?

André – O filme tem como espinha dorsal a história do personagem fictício Bruno Alves, um psiquiatra de meia idade que perde a esposa, desenvolve alcoolismo, perde o emprego e, assim, entende que precisa “dar fim em sua vida”. Naquele que seria seu instante fatal, buscando as águas fétidas do Rio Tietê ele encontra O Livro dos Espíritos. Daí para diante Bruno descobre as maravilhas que o Criador reserva a quem luta com amor para vencer as dificuldades e então o psiquiatra passa a travar contato com algumas histórias – a dos curtas – e conhecendo estes personagens ele vai adiante reconstruindo sua vida.

RIE – A produção, em termos de custos, está no mesmo patamar das recentes produções com temática espírita levadas às telas?

André – O Filme dos Espíritos é um filme com orçamento menor aos anteriores, mas se fôssemos colocar tudo o que foi feito na ponta do lápis, acho que chegaria às cifras de alguns destes filmes. Pois, por ter sido um projeto contributivo, contamos com apoio de empresas, pessoas e fundações que se desempenharam ao longo da produção, ou cobrando valores menores que os comumente praticados, ou mesmo em alguns casos apenas valores de custo. Entre as centenas de figurantes, por exemplo, destacamos o trabalho dos voluntários, gente que foi com seu carro até os locais de filmagem, pagou seu próprio lanche, enfim, todos, por saberem que o filme seria uma homenagem a Allan Kardec e ao O Livro dos Espíritos, não mediram esforços para que a obra fosse produzida.

RIE – Qual a data prevista para estreia? Em quais capitais inicialmente? Relacione o esquema de exibições.

André – O filme tem distribuição nacional pela Paris Filmes, a data da estreia é 07 de outubro. Escolhemos este mês para homenagear o nosso querido codificador. Inicialmente, estamos trabalhando com uma estreia próxima de 100 salas de cinema, em capitais e grandes cidades do Brasil. Mas tudo depende do movimento espírita. O primeiro final de semana é de fundamental importância para a carreira do filme; assim pedimos a todos os que amam a doutrina dos espíritos, àqueles que viram suas vidas melhoradas graças ao Espiritismo, enfim, pedimos a esse público que lote as salas de cinema nos dias 07, 08 e 09 de outubro, que organizem caravanas, levem seus familiares, amigos, enfim, isso será de fundamental importância para que o filme vá bem, que chegue ao maior número de pessoas, não só no Brasil como, posteriormente, no mundo.

RIE – Podemos dizer que a produção é uma adaptação cinematográfica atual aos ensinos da obra em referência?

André – O Livro dos Espíritos é a maior obra de filosofia espírita, e não se resume apenas à dimensão da matéria, explicando com racionalidade, como já o dissemos, os grandes enigmas existenciais e espirituais humanos. É um livro de perguntas e respostas e às vezes exige um estudo apurado do leitor para compreensão de algumas questões. No caso do filme, apresentamos os conceitos do livro de forma leve e de fácil compreensão. Através da arte mostramos Deus, a criação, o mundo dos espíritos, a reencarnação, desencarnação, a lei divina, a lei de sociedade, esperanças e consolações; mas estes conceitos são passados quase como que subliminarmente, pois entendemos que a função do filme é acessar pela emoção, e depois as pessoas vão adquirir o livro e estudar esta e outras obras kardequianas, ou mesmo outras obras espíritas.

RIE – E a trilha sonora? Comente sobre ela.

André – A trilha sonora foi feita pelo amigo e maestro Corciolli. Quando o filme estava montado, inserimos uma trilha de referência e chamamos o Corciolli para assistir, convidando-o para o trabalho; nesta ocasião não tínhamos certeza de nenhuma verba para o trabalho de trilha, mas ele aceitou na hora pelo filme que assistiu e pela mensagem da obra. Graças a Deus os recursos financeiros necessários para a finalização chegaram e o Corciolli pôde se dedicar de corpo e alma no filme. Ele trabalhou dois intensos meses no filme e nós fazíamos reuniões semanais quando então realinhávamos todo o trabalho. Ao final, ficamos mais que satisfeitos pelo trabalho feito, a trilha não é maior que o filme, é contributiva, às vezes assistimos peças cinematográficas em que ou a trilha fica inferior à obra ou ela tem a incumbência de resolver problemas do filme. Não foi o caso, a trilha integrou-se completamente ao O Filme dos Espíritos.

RIE – De que locais são as cenas principais?

André – As filmagens foram todas feitas em locações, não usamos estúdio em nenhum momento, filmamos em Cajazeira na Paraíba, e no estado de São Paulo as filmagens foram feitas em Atibaia, Ubatuba, Araçoiaba da Serra, Guarulhos, mas a maior parte do filme foi mesmo rodado em São Paulo. Podemos citar como as principais locações: a ponte das Bandeiras sobre o Rio Tietê, as Casas André Luiz, a cena da reunião mediúnica que foi filmada no buffet Open Hall em Guarulhos, as cenas do sertão cajazeireinse também emprestam poesia ao filme. E, por fim, todos os que assistirem ao filme entenderão a beleza de Deus em nossas vidas no trecho filmado em Ubatuba.

RIE – Como Diretor do filme, qual a percepção dos possíveis resultados da produção? Em termos de sensibilizar o público, especialmente.

André – As filmografias espíritas anteriores trouxeram grande contribuição para a divulgação espírita, O Filme dos Espíritos é o primeiro filme que fala da sociedade que vivemos e dos desafios que o Homem contemporâneo enfrenta. O filme começa denso, apresentando um grande drama, mas no desenrolar da película as coisas vão se ajeitando, o riso vai aparecer algumas vezes, o expectador sentirá durante o filme o amor que Jesus nos ensinou, certamente em alguns momentos mais intensos haverá um pouco de tensão e também romance. E ao final do filme, o que temos visto, entre as pessoas que assistiram à obra, é que todos saem da experiência profundamente gratos pelo dom da vida. Levem o lenço, as lágrimas vão rolar, mas serão lágrimas de esperança quanto ao futuro de nosso planeta escola.

Elis no céu da vibração



Escrito por Sergio Diniz   
www.correiofraterno.com.br
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Elis Regina nunca gostou de falar abertamente sobre religião. Tinha receio que a mídia e as pessoas confundissem as coisas.

Em uma entrevista ao City News em 15 de outubro de 1978, Elis pediu discrição a respeito do assunto: 
“Não quero tocar no assunto. Por favor, me respeite e não publique uma linha sobre isso, é coisa minha e muito séria. E é irresponsável todo aquele que publicou ou publicar qualquer coisa a respeito sem minha autorização. E sem saber do que está falando”. 
No mesmo ano, porém, em uma entrevista para à revista Amiga, Elis explicou com calma sua visão sobre o espiritismo.
Perguntaram-lhe na ocasião: 
“Elis, afirmam que você aderiu ao espiritismo. O que a religião trouxe de bom?”. 
"Um pouco mais de paciência. A partir do momento em que você crê que essa é uma passagem na vida, a modificação é inevitável. Mas a religião é um complemento e não um envolvimento em nível de se fanatizar. Deve existir também auto-controle, caso contrário ela pode agir de maneira fascista sobre as pessoas. Um esclarecimento: sou espírita kardecista. Conversar com Deus pode se até cantar. Minha forma foi entrar numa sala de parto e colocar três filhos no mundo. O importante é ser uma pessoa digna, correta, preocupada com o seu semelhante, auxiliando quem aparecer por perto e não colocarmos barreiras. O que me modificou fundamentalmente foi minha visão das coisas."
Em 1980, iniciou-se uma campanha para que o médium Chico Xavier fosse indicado para o Prêmio Nobel da Paz. Em maio do mesmo ano, a rede Globo levou ao ar para todo o Brasil, um programa dirigido pelo espírita Augusto Cezar Vanucci com o título de: "Um homem chamado amor". Elis foi convidada para cantar No céu da vibração, música composta por Gilberto Gil em homenagem a Chico Xavier. Vestida toda de branco, Elis foi acompanhada somente por violões e flautas, num arranjo diferente ao da gravação da mesma música, lançada posteriormente em 1980 pela gravadora Warner.Antes de cantar, Elis falou da importância do médium e disse que ele realmente merecia estar no céu da vibração....
Para quem não conhece, aqui está letra da canção: 
Os homens são mortais/todos os animais/os vegetais/ também o são/como será/ não ser assim?/não precisar/ o começo, o meio, o fim?/a encarnação, Deus, só será /não estar aqui nem lá?/e tão somente andar ao léu /no céu da vibração?/para os olhos, esse amor/para os ouvidos, o som/ para os corações, o fogo do amor /e para os puros, o que é bom só me resta agradecer/e aguardar a ocasião/de tão somente andar ao léu/ no céu da vibração.

Que Será, Será

Crianças com necessidades especiais cantando "Que Sera, Sera". Emocionante.
Comercial de uma empresa de seguros da Tailândia.



Correio*: o médium baiano José Medrado é um dos mais populares do Brasil

Correio*, Salvador, Bahia
Por Camila Mello | Redação CORREIO

http://www.correio24horas.com.br

Ninguém nunca soprou no ouvido de José Medrado, 50 anos, que ele deveria se tornar um guia religioso ou criar um centro espírita. Mas, ao decidir por isso, quando tinha apenas 17 anos, sem o apoio da família,  ele deu início a um trabalho que o tornaria uma das personalidades mais populares do espiritismo do Brasil, já tendo visitado diversos países da Europa e das Américas para divulgar a doutrina.

José Medrado defende uma maior naturalidade para lidar coma espiritualidade


Hoje, além de comandar a Cidade da Luz, complexo que oferece assistência médica, religiosa, além de uma escola e um orfanato, o médium baiano apresenta um programa de televisão com transmissão para a Bahia, Minas Gerais e São Paulo,  um programa de rádio, e ainda publica uma coluna semanal em um jornal da cidade. 


“Nada disso eu almejei para mim. As coisas foram acontecendo. Mas acho que, talvez, eles (os espíritos) quisessem que alguém expandisse essa forma mais leve de conviver com a espiritualidade”, diz Medrado, que viu um espírito pela primeira vez - o da avó que morreu antes dele nascer - aos 7 anos.


Descontração  
E foi justamente essa forma descontraída de pregar o espiritismo que o fez tão querido e respeitado.  Em suas sessões ou nos programas que apresenta, entre uma reflexão e outra, Medrado  comenta sobre política, fala sobre as novelas, faz piada, batuca na mesa, põe músicas e já  chegou até a recomendar um médico para um homem que acreditava estar  dominado por espírito obsessor.  
 
“Aos poucos, fui quebrando alguns paradigmas. Mas as discussões precisam ser mesmo mais naturais. Vivemos num mundo plural e temos diversas formas de conversar. Mas é preciso ter cuidado para não fantasiar e confundir as coisas. E também ter respeito por todas as religiões”, explica o médium, que, por sinal,  usa um anel de São Jorge e decora seu escritório - que serve também para gravação de seu programa televisivo  - com um quadro de Preto Velho, entidade da umbanda. 


“Este anel é lindo, não é?  Recebo muitos presentes de todas as religiões. Desde esse anel até uma estátua de São Francisco de Assis de quase um metro, que está lá em casa.   Já ganhei também um terço muçulmano e o torá judeu”, revela. 


Encontros  
Talvez por conta desse diálogo com todas as religiões, Medrado consiga reunir até duas mil pessoas nos encontros mensais, chamados de Combaiá, que realiza na Cidade da Luz, em Pituaçu, sempre na primeira terça-feira do mês. Entre os frequentadores estão os cantores Mariene de Castro e Tuca Fernandes.



“Conheci Medrado em 2000.  Sonhava com minha avó me levando para um lugar especial. E quando entrei na Cidade da Luz pela primeira vez reconheci o lugar do sonho e tive uma crise de choro”, conta Tuca, que a partir daí começou a frequentar o centro. “Nunca fui lá para não ouvir uma mensagem que não precisasse. Ele merece todo meu respeito”, diz.


Mas não é só durante as sessões que Medrado dá conselhos. Além dos e-mails, uma média de 100 por dia, ele liga para algumas pessoas que deixam o número de telefone nas mensagens. 


“Nem sempre elas acreditam que sou eu, mas depois relaxam e querem até virar amigas e passar horas no telefone. Mas também faço o seguinte: tenho um celular velhinho só para isso e nunca atendo ligações nele (risos). Se atender toda vez que toca, eu não vou ter tempo para mais nada”, confessa.  


Jornada dupla  
Medrado tem uma rotina bem corrida. Além de administrar a Cidade da Luz,  ele é formado em Letras pela Universidade Católica e trabalha no Tribunal Regional do Trabalho com projetos sociais. Ele acorda todos os dias às 6h e  vai dormir às 23h.


Por isso, resolveu contratar um motorista para ganhar tempo e dar conta dos e-mails em um notebook, enquanto se desloca de um lugar para o outro. “Só consigo descansar dia de sexta-feira. É dia de cinema, pizza e petit gateau. Preciso recarregar as energias”, brinca.


Mediunidade na juventude
No mesmo dia em que descobriu na escola o que era mediunidade, aos 15 anos,  José Medrado foi com o professor a um centro espírita. Dois anos depois, fundou o próprio, em uma casa no Uruguai, até construir uma estrutura maior em Pituaçu, onde hoje funciona a Cidade da Luz.

O complexo Cidade da Luz abriga centro espírita, abrigo e escola


“Eu era jovem, mas estava certo do que queria, mesmo que minha família, católica radical, não concordasse muito. Eles não entendiam o que era isso e eu cheguei a esconder que via as pessoas para não me internarem”, conta ele, que vem de origem humilde e morou durante toda a infância na Ladeira da Preguiça, onde começou a trabalhar lavando carros. Hoje, o complexo, sem fins lucrativos, é composto pelo Centro Espírita Cavaleiros da Luz, Abrigo Lar Luz do Amanhã, Pavilhão Assistencial Francisco de Assis, Escola Carlos Murion e Núcleo Assistencial, que, em 2010, fez mais de 240 mil atendimentos.


Toda a estrutura é mantida por doações, convênios com o governo do estado e com a prefeitura, além de vendas de livros psicografados por Medrado. O último deles é  Para Melhor Compreender a Vida - Apontamentos de Psicologia, ditado pelo espírito do psicólogo Pablo Duran e lançado recentemente. Medrado também psicopictografa quadros.
“Em 1988, Renoir disse que queria trabalhar comigo para ajudar o orfanato, transformando tintas em pães. Não achava que era possível, porque não sabia nem desenhar. Mas, hoje, mais de 100 pintores pintam através de mim”, revela o médium. Alguns de seus quadros já chegaram a ser vendidos por até R$ 10 mil.
Cidade da Luz 
A Cidade da Luz está localizada na Rua Barreto Pedroso, nº 295, em Pituaçu. As palestras acontecem segundas e quintas, às 20h; terças, 19h30; e domingos, às 8h30. A primeira terça-feira do mês é dia de uma reunião especial, chamada Combaiá, às 19h30. Há também atendimento médico, cursos e reuniões. Mais informações pelos telefones 3363-5538 e 3363-5161.

Kardec, a Graphic Novel, sai em outubro pela Leya


Em outubro,aproveitando a segunda edição da Rio Comicon, que acontece entre os dias 20 e 23, editora Leya lança a graphic Novel nacional Kardec (formato 18,5 x 24 cm, 144 páginas, R$ 34,90), uma ficção biográfica sobre o pai do Espiritismo. A trama se passa na França, no Século 19, e a proposta é mostrar "como tudo começou". Os responsáveis pela obra são Carlos Ferreira (roteiro) e Rodrigo Rosa (arte), a mesma dupla do ótimo Os sertões - A luta. Quem assina o prefácio é Marcel Souto Maior, autor do livro Chico Xavier.