sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Espiritismo: antídoto para a violência

Por José Lucas
www.jornaldascaldas.com
Caldas da Rainha, Portugal

O retrato social parece estar mais violento que nunca. Desde a violência infantil nos lares, a violência doméstica sobre mulheres, violência nas escolas, gangs, assaltos, violência entre países, violência social generalizada, terrorismo, enfim, tudo parece apontar para estarmos a viver num autêntico barril de pólvora, numa espécie de guerra não declarada, sempre à espera do primeiro estilhaço.

Todos são unânimes que este cenário não pode continuar, todos nos sentimos inseguros, os “media” destacam apenas o mal, na ânsia do dinheiro fácil, sanguinolento, rematando para o lixo notícias que apontem no sentido do bem, no sentido da paz.

Mudemos de cenário!

Domingo à tarde, Caldas da Rainha, Portugal. Tinha-me deslocado com a esposa e os 2 filhotes pequenos a uma superfície comercial. Ao sair, com pouco carros no parque de estacionamento, circulava a uns 20 kms/h, ainda a arrumar um papel ou outro. Uma buzinadela sonora, na rectaguarda, lembrou-me que alguém tinha mais pressa. Encostei-me à direita. O condutor apressado, ao passar pela nossa viatura, ainda soltou um sonoro (sai daí ó lesma), ele também na presença da esposa e de duas crianças. Mas o que mais me fez reflectir não foi a atitude mal educada,o mau exemplo que deu aos seus filhos, mas sim o olhar do condutor, colérico, parecendo deitar chamas de ódio.

Fiquei estupefacto!

Num fim de tarde de um domingo, na presença de crianças, qual seria a causa daquela atitude intempestiva, seguida daquele olhar “mortal”?

Decerto, aquele condutor quando chegasse a casa e ligasse a TV seria o primeiro a insurgir-se contra a violência no mundo, contra a corrupção, contra o roubo, enfim contra os males sociais.

De imediato centrei-me em mim próprio, desligando-me do tal “olhar mortífero”, e fiquei a meditar como sou imensamente feliz por ser espírita. Não que eu seja melhor que o outro condutor, (ele até podia estar num “dia mau”, a que todos têm direito), mas porque o conhecimento da doutrina espírita dá-nos outra visão da vida, menos imediatista, mais global, o que se repercute inevitavelmente, pela positiva, na nossa maneira de viver no dia-a-dia.

O espírita avança no sentido da pacificação interior.

Fiquei a pensar como seria bom que as pessoas conhecessem a ideia espírita (ciência, filosofia e moral), que não é mais uma seita nem mais uma religião, que soubessem, sentissem a certeza de que somos seres imortais, temporariamente num corpo de carne. Como seria bom que soubessem que a vida continua após a morte do corpo físico, como quem muda de casa, que é possível a comunicabilidade com aqueles que já nos precederam na grande viagem, que conhecessem o mecanismo da reencarnação, única explicação plausível para as dissemelhanças sociais, dissemelhanças de oportunidades de alegrias, de dores. Como seria bom que se embrenhassem na essência da doutrina espírita, assente na moral de Jesus de Nazaré (fazer ao próximo o que desejamos para nós próprios).

Fiquei a pensar numa pessoa que há dias me dizia: “vocês espíritas são diferentes”, ao que eu rematei – “mas nem sempre somos melhores, mas esforçamo-nos para isso”.

O conhecimento da doutrina espírita (começando pelo “O Livro dos Espíritos”, “O Evangelho Segundo o Espiritismo” e outros livros, todos de Allan Kardec) leva o homem a tornar-se mais fraterno, a ter vontade de servir, de ser útil, desinteressadamente. Ao sentir essa mudança íntima, avança no sentido da pacificação interior, da alteração de atitudes no seu quotidiano, e pacificando-se, pacifica os que o rodeiam, com as suas atitudes, num contágio incessante que abraça todo o planeta.

Fiquei a pensar como seria bom que todo o planeta tivesse acesso a este tesouro espiritual (a doutrina espírita), e da enorme responsabilidade dos espíritas em divulgá-lo o mais e melhor possível, não no afã de arrebanhar adeptos, mas sim no sentido de contribuir para a pacificação das consciências, dos países e do mundo.

Ou não fosse o poderoso deserto composto de minúsculos e “desprezíveis” grãos de areia…

José Lucas

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Ana Rosa e Ellen Jabour comandam congresso Espírita no Rio de Janeiro




"A Mediunidade em Nossa Vida" é o tema do evento que acontece em 2 de outubro no Rio de Janeiro. O congresso acontecerá no Clube Monte Líbano, na Lagoa e será apresentado pela atriz Ana Rosa em parceria com a apresentadora Ellen Jabour.

Praticante e estudiosa do espiritismo, Ana Rosa é trabalhadora do Centro Espírita Joanna da Ângelis, da Barra da Tijuca. Atuou nos filmes Bezerra de Menezes, Chico Xavier e Nosso Lar além de "O Filme dos Espíritos" que será lançado em outubro.

Ellen Jabour também é trabalhadora frequente do Joanna de Ângelis.

Entre os palestrantes destacam-se André Trigueiro, repórter e apresentador do programa Cidade e Soluções da Globo News, e autor do livro " Espiritismo e Ecologia".

Outros palestrantes:

Francisco do Espírito Santo Neto: Expositor e escritor de vários livros através da psicografia pelo espírito Hammed, entre eles "A Imensidão dos Sentidos", "Os Prazeres da Alma", "Espelho d’Água"e "As Dores da Alma".

Suely Calda Schubert, autora dos livros "Obsessão/Desobsessão: Profilaxia e Terapêutica", "Testemunhos de Chico Xavier", "O Semeador de Estrelas, Ante os Tempos Novos Mediunidade: Caminho para ser Feliz", entre outros.

Marlene Nobre: Médica, Professora da USP, diretora da Associação Médico Espírita de São Paulo - AMESP, Presidente da AME - Internacional, pesquisadora na área mediúnica científica, escritora de vários livros.

Plinio Oliveira: Maestro, compositor e cantor, trouxe várias músicas através da mediunidade.

Cristiane Campos Niero: Terapeuta, estudante de Psicologia, criadora do Projeto Plenitude.

O evento acontece no domingo, 02 de Outubro, no Clube Monte Líbano, na Lagoa, das 9 às 18 horas. Ingressos R$ 30,00.

Informações:

CEJA-BARRA - contato@cejabarra.org
Av. Gilberto Amado 311 - Barra da Tijuca
Fones: (21) 3139-3589 / (21) 7883.6794
(21) 8833.0238 / (21) 8033.3337

Fé: Aliado Poderoso no Tratamento Contra as Drogas


Fonte: Jornal da Tarde/Blog do Estadão – por Tatiana Piva

Clínica com princípios evangélicos:
espaço tem oração, lazer e trabalhos manuais
(Foto: Clayton de Souza/AE) 
Instituições religiosas de várias credos aliam suporte espiritual a cuidados médicos em centros de recuperação de São Paulo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define saúde como bem-estar físico, mental, social e espiritual.E frisa: todo paciente tem direito de cuidar também de seu espírito. Quem trata de pessoas que lutam contra o vício das drogas sabe o quanto a fé pode ser, literalmente, um santo remédio. Não importa o tipo de credo. Todas as instituições religiosas ouvidas pela reportagem na última semana, entre católicas, evangélicas e espíritas, fornecem suporte espiritual para problemas desse tipo. São centros de recuperação bucólicos, localizados geralmente no interior do Estado.

Mesmo entre os médicos, se antes a influência da espiritualidade na saúde era motivo de discórdia, hoje o assunto é tratado com naturalidade. Instituições tradicionais, como Universidade de São Paulo e Universidade Federal de São Paulo, já contam com setores específicos para estudar a força da fé sobre o corpo.

O médico Roque Saviolini, cardiologista do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas (Incor), afirma que existem mais de mil artigos científicos sobre os benefícios da fé para a saúde. Só ele já escreveu 14 livros sobre o tema. “Grande parte desses estudos científicos comprova que o paciente que tem alguma espiritualidade ou religião adere melhor ao tratamento da doença, seja ela qual for. Ele aceita a sua enfermidade e a enfrenta de maneira mais positiva, o que colabora diretamente para a sua recuperação”, explica o médico.

“Os códigos morais de boa parte das religiões apregoam hábitos saudáveis e isso propicia menos doenças nessas pessoas”, acredita Frederico Leão, responsável pelo Programa de Saúde e Espiritualidade do Instituto de Psiquiatria da USP.

Para Leão, a pessoa que tem alguma religiosidade acaba buscando naturalmente um estilo de vida saudável. Além disso, há o suporte social gerado pelas instituições, que propicia às pessoas o sentimento de acolhimento, de pertencimento ao grupo. “Com isso, o usuário de drogas enfrenta o problema com positividade, como se aquilo fosse apenas uma passagem a superar.”

Em recuperação em uma instituição evangélica, Felipe Cirne, de 27 anos, não tem dúvidas sobre o poder medicinal da espiritualidade. “Lá fora não tenho como ter um psicólogo a qualquer hora, um psiquiatra para me receitar um remédio. Mas Deus está sempre acessível, posso falar com ele 24 horas”, diz.

Uma das dificuldades, dizem os profissionais, é encontrar um equilíbrio entre os remédios para o corpo e para a alma.
“Não adianta só tomar remédio, mas não adianta espiritualizar demais”, analisa Leão. A necessidade de um bom diálogo entre fé e medicina foi sentida por Vilson Disposti, de 51 anos, ao fundar a Casa do Caminho Ave Cristo, clínica espírita localizada em Birigui, no interior do Estado. “Quando abri a casa, em 1991, a ideia era usar só o espiritismo contra o vício, mas percebi que muitos desistiam do tratamento. Na fase de abstinência, por exemplo, ficavam muito alterados e chegavam a fugir.”
Disposti, que agora cuida dos pacientes junto com o neurologista Sérgio Irikura, conta que o lugar é uma espécie de fazenda, onde os pacientes cuidam da horta e dos animais. As instalações da Comunidade Terapêutica Conquista, que segue a visão cristã evangélica, também tem ares campestres. Ali, os pacientes ficam internados por nove meses, no mínimo. Fazem orações, cuidam da horta e praticam laboterapia, o que inclui a criação de chaveiros de biscuit e o preparo de comida ou pães caseiros. Há também lazer na piscina e pescaria.

No prédio da católica Associação de Recuperação Guedes e Caprio, em Peruíbe, há quadras, piscina e capela. Os pacientes passam por sessões de musicoterapia, além de atendimento com psicóloga e psiquiatra. “Percebo que a religião ajuda muito. Quando não se acredita em nada, é diferente”, diz a psicóloga do espaço, Caroline Lagoizar.

domingo, 7 de agosto de 2011

Solidariedade



Corria o ano de 1928, Francisco Cândido Xavier estava na reunião do Centro Espírita Luiz Gonzaga, em Pedro Leopoldo, Minas Gerais, quando algumas pessoas chegaram pedindo socorro para um mendigo cego que, sendo guiado por um companheiro embriagado, caira de um viaduto, de uma altura de quatro metros.

O cego sem ninguém, pois o guia tinha sumido, vertia sangue pela boca.Chico atendeu imediatamente e, mesmo sendo muito pobre, alugou pequeno pardieiro, a fim de abrigar o doente, que foi atendido, gratuitamente, por caridoso médico.

Trabalhando no comércio, o médium ficava junto ao mendigo à noite, porém o enfermo precisava ser assistido durante o dia. Chico Xavier providenciou a publicação de um apelo em pequeno jornal da cidade, de circulação semanal, rogando a presença de alguém que pudesse atender ao cego Cecílio, durante o dia. Poderia ser espírita, católico, ateu, não importava. Decorridos seis dias e nada. Nenhum voluntário se apresentou.

Entretanto, no final da semana, duas meretrizes, muito conhecidas na cidade, se apresentaram dizendo àquele jovem espírita:
- Chico, lemos o pedido e aqui estamos. Se pudermos servir...
- Ah! Como não? Entrem, irmãs! Jesus há de abençoar-lhes a caridade.

Todas as noites, antes de sair, elas oravam com o Chico, perto do enfermo.
Um mês depois o velhinho estava restabelecido e feliz. Reuniram-se, pela última vez, em prece de agradecimento a Jesus. Quando Chico Xavier terminou a oração, os quatro choravam.
- Chico - disse uma das mulheres - a prece modificou a nossa vida. Estamos nos despedindo. Mudamo-nos para Belo Horizonte, a fim de trabalhar.

Uma foi servir numa tinturaria; a outra conquistou o título de enfermeira.

(do livro "Lindos Casos de Chico Xavier", de Ramiro Gama).

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

George Harrison: Life Itself

George Harrison, o ex-beatle desencarnado em 2001, fez muitas músicas em louvor a Deus. Life Itself de 1981, é uma das mais belas deste beatle espiritualizado. Então eu produzi este video, traduzindo a música para o português.

O que é Espiritismo?

Ainda aborrecido com o caso do feiticeiro dos crânios do Peru que "fazia sessões de espiritismo", resolvi aproveitar para explicar aos que ignoram o conceito do que é Espiritismo (atenção, jornalistas, blogueiros e passadores de notícias!) e têm preguiça de pesquisar:


O que é a Doutrina Espírita?
É o conjunto de princípios e leis, revelados pelos Espíritos Superiores, contidos nas obras de Allan Kardec que constituem a Codificação Espírita: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese.

“O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal.” Allan Kardec (O que é o Espiritismo – Preâmbulo)

“O Espiritismo realiza o que Jesus disse do Consolador prometido: conhecimento das coisas, fazendo que o homem saiba donde vem, para onde vai e por que está na Terra; atrai para os verdadeiros princípios da lei de Deus e consola pela fé e pela esperança.” Allan Kardec (O Evangelho segundo o Espiritismo – cap. VI – 4)
O que revela?
Revela conceitos novos e mais aprofundados a respeito de Deus, do Universo, dos Homens, dos Espíritos e das Leis que regem a vida.
 Revela, ainda, o que somos, de onde viemos, para onde vamos, qual o objetivo da nossa existência e qual a razão da dor e do sofrimento.

Qual a sua abrangência?
Trazendo conceitos novos sobre o homem e tudo o que o cerca, o Espiritismo toca em todas as áreas do conhecimento, das atividades e do comportamento humanos, abrindo uma nova era para a regeneração da Humanidade.
Pode e deve ser estudado, analisado e praticado em todos os aspectos fundamentais da vida, tais como: científico, filosófico, religioso, ético, moral, educacional, social.

Seus ensinos fundamentais:
  •  Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas. é eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom.
  • O Universo é criação de Deus. Abrange todos os seres racionais e irracionais, animados e inanimados, materiais e imateriais.
  • Além do mundo corporal, habitação dos Espíritos encarnados, que são os homens, existe o mundo espiritual, habitação dos Espíritos desencarnados.
  • No Universo há outros mundos habitados, com seres de diferentes graus de evolução: iguais, mais evoluídos e menos evoluídos que os homens.
  • Todas as leis da Natureza são leis divinas, pois que Deus é o seu autor. Abrangem tanto as leis físicas como as leis morais.
  • O homem é um Espírito encarnado em um corpo material. O perispírito é o corpo semimaterial que une o Espírito ao corpo material.
  • Os Espíritos são os seres inteligentes da criação. Constituem o mundo dos Espíritos, que preexiste e sobrevive a tudo.
  • Os Espíritos são criados simples e ignorantes. Evoluem, intelectual e moralmente, passando de uma ordem inferior para outra mais elevada, até a perfeição, onde gozam de inalterável felicidade.
  • Os Espíritos preservam sua individualidade, antes, durante e depois de cada encarnação.
  • Os Espíritos reencarnam tantas vezes quantas forem necessárias ao seu próprio aprimoramento.
  • Os Espíritos evoluem sempre. Em suas múltiplas existências corpóreas podem estacionar, mas nunca regridem. A rapidez do seu progresso intelectual e moral depende dos esforços que façam para chegar à perfeição.
  • Os Espíritos pertencem a diferentes ordens, conforme o grau de perfeição que tenham alcançado: Espíritos Puros, que atingiram a perfeição máxima; Bons Espíritos, nos quais o desejo do bem é o que predomina; Espíritos Imperfeitos, caracterizados pela ignorância, pelo desejo do mal e pelas paixões inferiores.
  • As relações dos Espíritos com os homens são constantes e sempre existiram. Os bons Espíritos nos atraem para o bem, sustentam-nos nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com coragem e resignação. Os imperfeitos nos induzem ao erro.
  • Jesus é o guia e modelo para toda a Humanidade. E a Doutrina que ensinou e exemplificou é a expressão mais pura da Lei de Deus.
  • A moral do Cristo, contida no Evangelho, é o roteiro para a evolução segura de todos os homens, e a sua prática é a solução para todos os problemas humanos e o objetivo a ser atingido pela Humanidade.
  • O homem tem o livre-arbítrio para agir, mas responde pelas conseqüências de suas ações.
  • A vida futura reserva aos homens penas e gozos compatíveis com o procedimento de respeito ou não à Lei de Deus.
  • A prece é um ato de adoração a Deus. Está na lei natural e é o resultado de um sentimento inato no homem, assim como é inata a idéia da existência do Criador.
  • A prece torna melhor o homem. Aquele que ora com fervor e confiança se faz mais forte contra as tentações do mal e Deus lhe envia bons Espíritos para assisti-lo. é este um socorro que jamais se lhe recusa, quando pedido com sinceridade.

PRÁTICA ESPÍRITA

Toda a prática espírita é gratuita, como orienta o princípio moral do Evangelho: 
“Dai de graça o que de graça recebestes”.

A prática espírita é realizada com simplicidade, sem nenhum culto exterior, dentro dos princípios de Jesus de que Deus deve ser adorado em espírito e verdade. Fundamentados no AMOR, JUSTIÇA E CARIDADE como receita evolutiva.
 O Espiritismo não tem sacerdotes e não adota e nem usa em suas reuniões e em suas práticas: altares, imagens, andores, velas, procissões, sacramentos, concessões de indulgência, paramentos, bebidas alcoólicas ou alucinógenas, incenso, fumo, talismãs, amuletos, horóscopos, cartomancia, pirâmides, cristais ou quaisquer outros objetos, rituais ou formas de culto exterior.
 O Espiritismo não impõe os seus princípios. Convida os interessados em conhecê-lo a submeterem os seus ensinos ao crivo da razão, antes de aceitá-los.
 A mediunidade, que permite a comunicação dos Espíritos com os homens, é uma faculdade que muitas pessoas trazem consigo ao nascer, independentemente da religião ou da diretriz doutrinária de vida que adotem.
 Prática mediúnica espírita só é aquela que é exercida com base nos princípios da Doutrina Espírita e dentro da moral de Jesus.

O Espiritismo respeita todas as religiões e doutrinas, valoriza todos os esforços para a prática do bem e trabalha pela confraternização e pela paz entre todos os povos e entre todos os homens, independentemente de sua raça, cor, nacionalidade, crença, nível cultural ou social. Reconhece, ainda, que “o verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza”.


“Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei.”

“Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.”


IGREJA CATÓLICA ACEITA LIVRO PSICOGRAFADO DE DOM HELDER CÂMARA

Recentemente foi lançado no mercado cultural um livro mediúnico trazendo as reflexões de um padre depois da morte, atribuído, justamente, ao Espírito Dom Helder Camara, bispo católico, arcebispo emérito de Olinda e Recife, desencarnado no dia 28 de agosto de 1999, em Recife (PE).

O livro psicografado pelo médium Carlos Pereira, da Sociedade Espírita Ermance Dufaux, de Belo Horizonte, causou muita surpresa no meio espírita e grande polêmica entre os católicos. O que causou mais espanto entre todos foi a participação de Marcelo Barros, monge beneditino e teólogo, que durante nove anos foi secretário de Dom Helder Câmara, para a relação ecumênica com as igrejas cristãs e as outras religiões.

Marcelo Barros secretariou Dom Helder Câmara no período de 1966 a 1975 e tem 30 livros publicados. Ao prefaciar o livro Novas Utopias , do espírito Dom Helder, reconhecendo a autenticidade do comunicante, pela originalidade de suas idéias e, também, pela linguagem, é como se a Igreja Católica viesse a público reconhecer o erro no qual incorreu muitas vezes, ao negar a veracidade do fenômeno da comunicação entre vivos e mortos, e desse ao livro de Carlos Pereira, toda a fé necessária como o Imprimátur do Vaticano. É importante destacar, ainda, que os direitos autorais do livro foram divididos em partes iguais, na doação feita pelo médium, à Sociedade Espírita Ermance Dufaux e ao Instituto Dom Helder Câmara, de Recife, o que, aliás, foi aceito pela instituição católica, sem qualquer constrangimento.

No prefácio do livro aparece também o aval do filósofo e teólogo Inácio Strieder e a opinião favorável da historiadora e pesquisadora Jordana Gonçalves Leão, ambos ligados à Igreja Católica. Conforme eles mesmos disseram, essa obra talvez não seja uma produção direcionada aos espíritas, que já convivem com o fenômeno da comunicação, desde a codificação do Espiritismo; mas, para uma grandiosa parcela da população dentro da militância católica, que é chamada a conhecer a verdade espiritual, porque "os tempos são chegados", estes ensinamentos pertencem à natureza e, conseqüentemente, a todos os filhos de Deus.

Na entrevista com Dom Helder Câmara, realizada pelos editores, o Espírito comunicante respondeu as seguintes perguntas sobre a vida espiritual:

Dom Helder, mesmo na vida espiritual, o senhor se sente um padre?
Não poderia deixar de me sentir padre, porque minha alma, mesmo antes de voltar, já se sentia padre. Ao deixar a existência no corpo físico, continuo como padre porque penso e ajo como padre. Minha convicção à Igreja Católica permanece a mesma, ampliada, é claro, com os ensinamentos que aqui recebo, mas continuo firme junto aos meus irmãos de Clero a contribuir, naquilo que me seja possível, para o bem da humanidade.

Do outro lado da vida o senhor tem alguma facilidade a mais para realizar seu trabalho e exprimir seu pensamento, ou ainda encontra muitas barreiras com o preconceito religioso? Encontramos muitas barreiras. As pessoas que estão do lado de cá reproduzem o que existe na Terra. Os mesmos agrupamentos que se formam aqui se reproduzem na Terra. Nós temos as mesmas dificuldades de relacionamento, porque os pensamentos continuam firmados, cristalizados em crenças em determinados pontos que não levam a nada. Resistem a ideia de evolução dos conceitos. Mas, a grande diferença é que por estarmos com a vestimenta do espírito, tendo uma consciência mais ampliada das coisas podemos dirigir os nossos pensamentos de outra maneira e assim influenciar aqueles que estão na Terra e que vibram na mesma sintonia.
Como o senhor está auxiliando nossa sociedade na condição de desencarnado? Do mesmo jeito. Nós temos as mesmas preocupações com aqueles que passam fome, que estão nos hospitais, que são injustiçados pelo sistema que subtrai liberdades, enriquece a poucos e colocam na pobreza e na miséria muitos; todos aqueles desvalidos pela sorte. Nós juntamos a todos que pensam semelhantemente a nós, em tarefas enobrecedoras, tentando colaborar para o melhoramento da humanidade.

Como é sua rotina de trabalho?
A minha rotina de trabalho é, mais ou menos, a mesma.. Levanto-me, porque aqui também se descansa um pouco, e vamos desenvolver atividades para as quais nos colocamos à disposição. Há grupos que trabalham e que são organizados para o meio católico, para aqueles que precisam de alguma colaboração. Dividimo-nos em grupos e me enquadro em algumas atividades que faço com muito prazer.
Qual foi a sua maior tristeza depois de desencarnado? E qual foi a sua maior alegria? Eu já tinha a convicção de que estaria no seio do Senhor e que não deixaria de existir.
Poder reencontrar os amigos, os parentes, aqueles aos quais devotamos o máximo de nosso apreço e consideração e continuar a trabalhar, é uma grande alegria. A alegria do trabalho para o Nosso Senhor Jesus Cristo.

O senhor, depois de desencarnado, tem estado com freqüência nos Centros Espíritas? Não. Os lugares mais comuns que visito no plano físico são os hospitais; as casas de saúde; são lugares onde o sofrimento humano se faz presente. Naturalmente vou à igreja, a conventos, a seminários, reencontro com amigos, principalmente em sonhos, mas minha permanência mais freqüente não é na casa espírita.
O senhor já era reencarnacionista antes de morrer? Nunca fui reencarnacionista, diga-se de passagem. Não tenho sobre este ponto um trabalho mais desenvolvido porque esse é um assunto delicado, tanto é que o pontuei bem pouco no livro. O que posso dizer é que Deus age conforme a sua sabedoria sobre as nossas vidas e que o nosso grande objetivo é buscarmos a felicidade mediante a prática do amor. Se for preciso voltar a ter novas experiências, isso será um processo natural.
Qual é o seu objetivo em escrever mediunicamente? Mudar, ou pelo menos contribuir para mudar, a visão que as pessoas têm da vida, para que elas percebam que continuamos a existir e que essa nova visão possa mudar profundamente a nossa maneira de viver.
Qual foi a sensação com a experiência da escrita mediúnica? Minha tentativa de adaptação a essa nova forma de escrever foi muito interessante, porque, de início, não sabia exatamente como me adaptar ao médium para poder escrever. É necessário que haja uma aproximação muito grande entre o pensamento que nós temos com o pensamento do médium. É esse o grande de todos nós porque o médium precisa expressar aquilo que estamos intuindo a ele. No início foi difícil, mas aos poucos começamos a criar uma mesma forma de expressão e de pensamento, aí as coisas melhoraram. Outros (médiuns) pelos quais tento me comunicar enfrentam problemas semelhantes.
Foi uma surpresa saber que poderia se comunicar pela escrita mediúnica? Não. Porque eu já sabia que muitas pessoas portadoras da mediunidade faziam isso. Eu apenas não me especializei, não procurei mais detalhes, deixei isso para depois, quando houvesse tempo e oportunidade.
Imaginamos que haja outros padres que também queiram escrever mediunicamente, relatarem suas impressões da vida espiritual. Por que Dom Helder é quem está escrevendo? Porque eu pedi. Via-me com a necessidade de expressar aos meus irmãos da Terra que a vida continua e que não paramos simplesmente quando nos colocam dentro de um caixão e nos dizem "acabou-se". Eu já pensava que continuaria a existir, sabia que haveria algo depois da vida física. Falei isso muitas vezes. Então, senti a necessidade de me expressar por um médium quando estivesse em condições e me fossem dadas as possibilidades. É isto que eu estou fazendo.
Outros padres, então, querem escrever mediunicamente em nosso País? Sim. E não poucos. São muitos aqueles que querem usar a pena mediúnica para poder expressar a sobrevivência após a vida física. Não o fazem por puro preconceito de serem ridicularizados, de não serem aceitos, e resguardam as suas sensibilidades espirituais para não serem colocados numa situação de desconforto. Muitos padres, cardeais até, sentem a proteção espiritual nas suas reflexões, nas suas prédicas, que acreditam ser o Espírito Santo, que na verdade são os irmãos que têm com eles algum tipo de apreço e colaboram nas suas atividades.

Como o senhor se sentiu em interação com o médium Carlos Pereira? Muito à vontade, pois havia afinidade, e porque ele se colocou à disposição para o trabalho. No princípio foi difícil juntar-me a ele por conta de seus interesses e de seu trabalho. Quando acertamos a forma de atuar, foi muito fácil, até porque, num outro momento, ele começou a pesquisar sobre a minha última vida física. Então ficou mais fácil transmitir-lhe as informações que fizeram o livro.
O senhor acredita que a Igreja Católica irá aceitar suas palavras pela mediunidade? Não tenho esta pretensão. Sabemos que tudo vai evoluir e que um dia, inevitavelmente, todos aceitarão a imortalidade com naturalidade, mas é demais imaginar que um livro possa revolucionar o pensamento da nossa Igreja. Acho que teremos críticas, veementes até, mas outros mais sensíveis admitirão as comunicações. Este é o nosso propósito.
É verdade que o senhor já tinha alguns pensamentos espíritas quando na vida física? Eu não diria espírita; diria espiritualista, pois a nossa Igreja, por si só, já prega a sobrevivência após a morte. Logo, fazermos contato com o plano físico depois da morte seria uma conseqüência natural. Pensamentos espíritas não eram, porque não sou espírita. Sem nenhum tipo de constrangimento em ter negado alguns pensamentos espíritas, digo que cheguei a ter, de vez em quando, experiências íntimas espirituais.
Igreja - Há as mesmas hierarquias no mundo espiritual?
Não exatamente, mas nós reconhecemos os nossos irmãos que tiveram responsabilidades maiores e que notoriamente tem um grau evolutivo moral muito grande. Seres do lado de cá se reconhecem rapidamente pela sua hombridade, pela sua lucidez, pela sua moralidade. Não quero dizer que na Terra isto não ocorra, mas do lado de cá da vida isto é tudo mais transparente; nós captamos a realidade com mais intensidade. Autoridade aqui não se faz somente com um cargo transitório que se teve na vida terrena, mas, sobretudo, pelo avanço moral.
Qual seu pensamento sobre o papado na atualidade? Muito controverso esse assunto. Estar na cadeira de Pedro, representando o pensamento maior de Nosso Senhor Jesus Cristo, é uma responsabilidade enorme para qualquer ser humano. Então fica muito fácil, para nós que estamos de fora, atribuirmos para quem está ali sentado, algum tipo de consideração. Não é fácil. Quem está ali tem inúmeras responsabilidades, não apenas materiais, mas descobri que as espirituais ainda em maior grau. Eu posso ter uma visão ideológica de como poderia ser a organização da Igreja; defendi isso durante minha vida. Mas tenho que admitir, embora acredite nesta visão ideal da Santa Igreja, que as transformações pelas quais devemos passar merecem cuidado, porque não podemos dar sobressaltos na evolução. Queira Deus que o atual Papa Ratzinger (Bento XVI) possa ter a lucidez necessária para poder conduzir a Igreja ao destino que ela merece.
O senhor teria alguma sugestão a fazer para que a Igreja cumpra seu papel? Não preciso dizer mais nada. O que disse em vida física, reforço. Quero apenas dizer que quando estamos do lado de cá da vida, possuímos uma visão mais ampliada das coisas.
Determinados posicionamentos que tomamos, podem não estar em seu melhor momento de implantação, principalmente por uma conjuntura de fatores que daqui percebemos. Isto não quer dizer que não devamos ter como referência os nossos principais ideais e, sempre que possível, colocá-los em prática.

Que mensagem o senhor daria especificamente aos católicos agora, depois da morte? Que amem, amem muito, porque somente através do amor vai ser possível trazer um pouco mais de tranqüilidade à alma. Se nós não tentarmos amar do fundo dos nossos corações, tudo se transformará numa angústia profunda. O amor, conforme nos ensinou o Nosso Senhor Jesus Cristo, é a grande mola salvadora da humanidade.
Que mensagem o senhor deixaria para nós, espíritas? Que amem também, porque não há divisão entre espíritas e católicos ou qualquer outra crença no seio do Senhor. Não há. Essa divisão é feita por nós, não pelo Criador. São aceitáveis porque demonstram diferenças de pontos de vista, no entanto, a convergência é única, aqui simbolizada pela prática do amor, pois devemos unir os nossos esforços.
Que mensagem o senhor deixaria para os religiosos de uma maneira geral? Que amem. Não há outra mensagem senão a mensagem do amor. Ela é a única e principal mensagem que se pode deixar?

Autor: Dom Helder Câmara (espírito)
Médium: Carlos Pereira
Editora: Dufaux

Polícia do Peru detém curandeiro com 180 crânios humanos para sessão de espiritismo?



 Polícia peruana exibe parte dos crânios encontrados com o curandeiro Augusto Cisneros Quispecondori
"A polícia peruana apreendeu nesta segunda-feira 180 crânios humanos que estavam em poder de um curandeiro, detido durante operação no centro de Lima.
Augusto Cisneros Quispecondori, de 31 anos de idade, informou à polícia que as caveiras serviam para sessões de espiritismo e magia.
A polícia também informou que confiscou produtos "sem licença sanitária" para sua venda, como pós supostamente mágicos que seriam comercializados pelo curandeiro.
No local onde se encontraram os crânios havia um altar no qual eram realizados estranhos rituais, segundo a polícia.
Veja.com.br (com Agência EFE)"


Essa notícia saiu em vários sites de notícia, quase todos reproduzindo a original feita pela Agência EFE. Prestem atenção ao detalhe que passa quase despercebido: 
"..., informou à polícia que as caveiras serviam para sessões de espiritismo e magia."
Uma frase de extrema ignorância popular, reproduzida por este mundo afora, que retrata o Espiritismo como um ritual de magia negra, rasteiro e primitivo, e com uma conotação fora de tudo que Allan Kardec – que criou a palavra – definiu e defendeu.